O Tribunal Regional Eleitoral decidiu nesta segunda-feira arquivar o pedido de impugnação eletiva do senador José Maranhão ainda por conta de processo advindo da disputa de 2002, somente agora encerrado, salvo se a acusação recorrer para instância superior. Se ocorrer o mesmo da situação similar da semana passada, em outra ação, não haverá recurso.
A decisão do TRE sepulta em duas semanas seguidas a esperança de setores ligados ao governador Cássio Cunha Lima de que o ex-governador do PMDB viesse a sofrer revés judicial tornando-o inelegível em outras paradas eleitorais, mas com o veredicto exposto o rumo das coisas agora é outro, isto é, repõe o caso com Maranhão sem mais problemas na esfera judicante.
Nos dois processos havia a acusação de abuso de poder na eleição de 2002 com uso do Jornal A União, do Projeto Cooperar e a menção (não confirmada) de caso idêntico ao da FAC em 2006 no que se refere à distribuição de dinheiro. Em síntese, a Justiça Eleitoral inocentou o senador de qualquer irregularidade.
Só que, nos últimos dias, a questão nova apresentada em torno dos processos de Maranhão traduz entendimento de advogados do PSDB leia-se ligadas ao governador Cássio sustentando que, se houvesse como houve exclusão do atual senador de qualquer irregularidade o mesmo dar-se-ia em relação ao Chefe do Executivo.
Em outras palavras, há um clara intenção de querer unir uma situação com a outra, embora saiba-se de antemão que no caso do senador o ministério publico se manifestou pelo arquivamento enquanto no processo do governador propôs a cassação de mandato, logo há entendimentos diferentes no encaminhamento dos dois casos.
Mas, como ainda faltam as considerações finais da defesa, ainda é cedo para presumir se o Tribunal seguirá mesmo o voto do relato que, aliás, está com mandato presumidamente próximo de se encerrar, ou seja, passando mais alguns dias de março cessa a sua função na Corte.
Além do mais, o TRE já vive um momento de recomposição com novo membro, desembargador Jorge Ribeiro, futuro presidente do Tribunal Eleitoral, condições essas que chegam como fato novo no tabuleiro do processo.
Por isso mesmo, como se diz na Torrelândia, caldo de galinha e prudência não faz mal a ninguém, nem aos que vivem com figa e pés junto torcendo contra o governador, nem na outra ponta aos devotos do amém total.
De fato existem sinais, por enquanto apenas sinais.

