As duas facções políticas de comando do Poder no Estado têm, além de suas áreas jurídicas, toda uma militância plugada nas decisões que o Tribunal Regional Eleitoral anuncia para hoje e em breve tratando de ações pedindo a cassação do diploma (mandato) do senador José Maranhão (hoje) e do Governador Cássio Cunha Lima (mais na frente).
Nesta oportunidade, a Coluna distante da torcida pró e contra tende a fazer um exercício complicado que é imaginar e ver o TRE tomando decisões radicalizadas de aprovar a cassação de um ou dos dois lideres políticos em tela.
Manter o status quo de hoje, óbvio que implica em nada alterar, portanto, é matéria desnecessária de abordagem.
Mesmo levando em conta argumentos de advogados que projetam a isenção do senador Maranhão, imaginemos, sob hipótese radical e absurda (?), se o Tribunal resolver promover a cassação do então ex-governador no exercício do mandato. Seria algo do tipo alijar o senador do exercício senatorial e, obviamente, gerando impedimento de disputa em tempo previsto por lei enquanto elegibilidade.
Nesse caso, assumiria o segundo mais votado nessa eleição.
Tomando por base esse mesmo cenário nefasto, o que seria do exercício administrativo do Estado com a decisão do TRE de cassar o mandato do governador Cássio?. Nesse caso, dependeria ainda de acatamento ou não do pedido de nova eleição como propôs o ministério público.
Há quem defenda que, numa hipótese radicalizada dessa, o segundo mais votado (no caso Maranhão) assumiria o Governo. Se isso viesse a acontecer estaria configurada a necessidade inegociável de Maranhão renunciar ao Senado isso na hipótese também de não ser cassado abrindo espaços para a titularidade de Roberto Cavalcanti e, ainda mais, demorada batalha judicial.
Como assim? Simples: se Maranhão alcançasse essa hipótese de assumir o governo renunciando ao senado, correria risco de ver o governador ganhar liminares no TSE e/outras instancias judiciais, em Brasília, fazendo-o retornar ao governo deixando o senador numa enrascada.
Pois bem, são duas situações radicalizadas onde cada uma das bandas só admite ver esse cenário em relação ao outro -, entretanto, tudo que estamos expondo agora é mero raciocínio sem parâmetro da realidade, pelo menos até antes do julgamento.
Ou seja, a analise de agora serve apenas para entendimento qualquer, despretensioso, inclusive.
