Roberto e o significado do Mandato

A conclusão do mandato pelo suplente de senador Roberto Cavalcanti, quarta-feira, ainda induz e/ou permite reflexões que passam, sobretudo, pela significação de se representar um Estado ou uma sociedade. Em síntese, o tema ainda não perdeu a atualidade.

No caso do também empresário, há outros dados a se avaliar porque, comumente, suplente que não é votado ao assumir a titularidade, em muitos casos, termina tomado de orgulho e de envolvimento com seus próprios interesses ou de poucos fugindo da premissa da representação social macro.

Roberto Cavalcanti fez diferente dos apressados: deu sentido, visibilidade e dignidade a essa mesma representação, apesar do curto tempo de 120 dias. Pareceu mais, muito mais do que isso.

Nesse ínterim, como tantos souberam, assumiu postura acima das brigas paroquiais do estado, brigou por projetos básicos da Paraíba (ampliação do aeroporto, leilão do petróleo de Sousa, Sudene, etc), expôs as viagens inter-parlamentares, enquanto intercâmbio distante de sinecuras ou práticas turísticas. Em síntese, consolidou-se em tão pouco tempo.

Diante desse cenário, resta saber como se dará o futuro, de agora em diante, da forma do mandato do senador José Maranhão e, noutra vertente, da própria interrogação sobre se, picado pela mosca azul, Roberto Cavalcanti vai trabalhar para se candidatar a uma das duas vagas em 2010.

Quando falo (escrevo) primeiramente sobre o mandato do senador Maranhão não insiro nenhum questionamento de ordem ética, posto que a conduta do ex-governador lhe credencia pela honestidade.

Refiro-me, e aí cabe análise, ao conjunto e volume de ações do mandato de Maranhão, visto que tem sido aquém do esperado enquanto dínamo que ele foi no exercício do governo.

Roberto Cavalcanti sem querer, levantou essa questão; exibiu essa falha, por isso Maranhão agora vai precisar reparar os descompassos.

Por fim, se ele (Roberto) vai ou não trabalhar para ser candidato certamente que é cedo de se afirmar com tamanha convicção, mas que ele sonha em voltar aos tapetes azuis, disso ninguém dúvida, da mesma forma que suscitará o interesse do PMDB de coligar-se com ele (PRB) visando a disputa de 2010.

De sorte, que o empresário/suplente de senador mostrou que sabe conviver bem como o manequim de senador, categoria e/ou espécie de protegido dos deuses, dada a excepcionalidade do ambiente cercado, como disse anteriormente, de tapetes azuis.

Agora, se isso produzirá um retornee, só o tempo dirá.

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