A ‘guerra’ só atrapalha a Paraíba

Depois de quase uma semana de eleição direta para escolha do governador do Estado, domingo passado, vejo que está por exigir-se ainda a existência de setores e/ou liderança de credibilidade fora da político – partidária a invocar e construir uma distensão real entre os competidores da peleja, ou seja, o governador reeleito Cássio Cunha Lima e o senador José Maranhão.

Lamentavelmente, embora fale-se tanto em avanços da modernidade nos tempos de hoje, perdura – volto a insistir – um clima atrasado de resistência infrutífera e danosa como a querer manter a Paraíba dividida sob o impulso do ódio inconseqüente.

E por que isso se mantém ? – indagaria um desavisado qualquer. Por uma razão simples: a Paraíba e seus projetos em favor do coletivo continuam não sendo prioridade de nossa elite – de parte dela melhor dizendo.

Se o fosse (a prioridade) o tom das cobranças não seria em torno de ritos processuais desgastantes e arrastados ao longo dos tempos, como pode-se levar em conta, por exemplo, que nem o resultado de 2002 foi aceito e concebido, imaginem o de agora, fresquinho como está.

Dentro desse contexto, Cássio e Maranhão vão ser responsabilizados –dependendo dos passos de cada um pelo atraso em que nos encontramos porque, ao invés de distinguirem disputas e resultados pelo Poder, parecem insistir – especialmente o senador Maranhão – em repetir Zé Pereira enquartelado numa história que não faz sentido, mas que parece estar em busca de manter-se até parar quando uma corpo tombar vítima da insanidade.

É isso o que se quer? É esse desejo insano que se busca? Não creio que a inteligência e a liderança do senador Maranhão possa recusar um gesto de se estender a mão, não para tergiversar, não para se acovardar, não para afastar-se das lutas de seu agrupamento, mas visando exclusivamente admitir que a Paraíba precisa viver em paz e construir novo instante de prosperidade.

Estamos atrasados demais, se comparados aos nossos vizinhos, mas não vamos mais achar normal que a guerra perdure em nome da Paz, nem a insensibilidade recuse o entendimento altivo em favor da Paraíba.

Se não houver uma figura acima das querelas políticas, hoje, capaz de conduzir esse caminho de paz possível, vai competir à consciência de nossos lideres – Maranhão principalmente, a responsabilidade por uma guerra, que a Paraíba não quer.

Certamente que, mais dia menos dia, o senador vai atestar que só o amor constrói – e é isso que muitos, a maioria, apelam que seja possível existir.

Para isso, só se alcança quando se dispõe abrir o coração.

Mais Posts

Tem certeza de que deseja desbloquear esta publicação?
Desbloquear esquerda : 0
Tem certeza de que deseja cancelar a assinatura?
Controle sua privacidade
Nosso site utiliza cookies para melhorar a navegação. Política de PrivacidadeTermos de Uso
Ir para o conteúdo