O tom da entrevista dada nesta segunda-feira pelo senador José Maranhão sintetiza bem o clima de 1930 (antigo) que perdura no Estado, quando de forma clara insiste em não reconhecer a vitória do governador Cássio Cunha Lima, ontem, em pleito democrático.
A causa, o argumento de Maranhão se fixou no uso desmedido da máquina administrativa, segundo ele, por seu oponente durante a eleição. Tanto é assim que, vai ampliar as ações contra o governador.
Sou, na condição de cidadão quem nutre enorme respeito ao senador. Como colunista mais ainda, ao atestar seu passado de lutas e de realizações indiscutíveis em favor do estado.
Tais premissas, portanto, servem de insuspeição para atestar que neste momento da vida política estadual, o senador não mantém o mesmo nível de grandeza ao adotar a resistência extemporânea diante do resultado legitimo e referendado pela maioria dos paraibanos.
Maranhão perdeu a chance de repetir a grandeza de homens como Geraldo Alckmin este sim, diante de muitos escândalos cabeludos envolvendo seu opositor mas com gesto elevado de reconhecer a derrota chegando, inclusive, a ligar para Lula desejando-lhe sucesso.
No caso da Paraíba, o senador não perderia sua honra nem deixaria se manter líder com posição semelhante a de Alckmin, mesmo que, nos bastidores, mantivesse acessa a ação do judiciário para ver onde vai dar as reclamações protocoladas no Judiciário.
Na prática, o não reconhecimento por parte de Maranhão significa manter o clima de guerra e o ódio desmedido, que tanto mal tem feito ao estado porque traduz o impedimento de crescimento econômico-social. Não se trata, absolutamente, de aderir à quem ganhou, mas estabelecer formas mínimas de convivência civilizada que possam traduzir-se em beneficio dos paraibanos.
O não reconhecimento implica em gerar com o Governo Lula a política de intriga e de crises ao segundo Governo Cássio repetindo a máxima de quanto pior melhor embora não seja essa a ótica da sociedade.
Nesse contexto, sábio que o é, o senador precisa refletir mais sobre seus aconselhamentos e conselheiros facilmente identificados com a nítida intenção de não tirá-lo da guerra odienta fazendo-os sobreviver em nome de interesses não-coletivos.
Maranhão, volto a insistir, tem todo o direito de torcer e agir para que as ações no judiciário cheguem ao final judicante, mas não reconhecer a vitória de Cássio lhe faz menor.
Aliás, a Paraiba não pode mais ficar à mercê de lutas fraticidades que apequenam nossa sociedade retardando conquistas na busca do desenvolvimento sócio-economico.
Sei não, mas o senador ainda tem tempo de rever posto que só nao há jeito para a morte.