A juíza Helena Fialho traduziu como desabafo em pleno clima judicante, o que muitos setores da sociedade andam a reproduzir: finalmente, por que os institutos de pesquisa na Paraíba apontam números mais próximos dos interesses dos candidatos do que da realidade em si de campo, quando se trata de eleição político-partidária?
Foi mais longe: disse com todas as letras que mais parece aparelho de campanha do que propriamente ação cientifica de aferição eleitoral.
Quando uma magistrada do nível da doutora Helena Fialho ultrapassa um pouco a serenidade cotidiana e expõe uma inquietação próxima da indignação é porque, chegar a esse conceito, representa não conter mais a fala diante da consciência do que se vê e examina.
Este é um drama, longe dos enredos das novelas mexicanas, sempre comum nas disputas eleitorais no Estado coisificando um instrumento de importância inquestionável, como é a pesquisa, tanto que chegada a hora de veiculação há comumente um ar de suspeita, se de fato os números expressos condizem com a realidade de campo.
A guerra é tamanha que se sucedem decisões monocráticas ou coletivas da Corte Eleitoral proibindo a divulgação dos números levantados pelos Institutos. Ibope, Databrain e Brasmarket estão nessa condição, em face do litígio político estar gerando das áreas jurídicas procedimentos de questionamento e pedido de não divulgação.
Ora, se os institutos chegaram a esse estágio, algo precisa ser feito urgentemente por quem de direito porque esclarecimentos à opinião pública, uma vez que, ultimamente, os dados mesmo impactando como resultado em setores da sociedade, na prática têm gerado um pé atrás dos núcleos formadores de opinião, mais desejosos da verdade do que da manipulação.
Longe desse tom, perdura a pesquisa desapaixonada das ruas mostrando que a disputa na Paraíba é acirrada e sem favoritismo acentuado em favor dos candidatos, sobretudo para o Governo.
É pau a pau, dizem os especialistas.
De madrugada
12h38 min da madrugada na plantão do Portal WSCOM Online toca o telefone. Era um internauta repassando a informação de que naquele momento o Tribunal Superior Eleitoral concedia liminar impedindo a divulgação da nova rodada de pesquisa da Databrain, na Revista Istoé.
Como a decisão saiu na madrugada, a revista nos informou que já estava com material publicado. No mesmo diapasão deve ter se dado com o Jornal Correio, que circulou nesta sexta-feira com o resultado.
Em síntese, também na madrugada, o Portal se mantém dando furos jornalísticos.
Ainda a Saelpa I
Via ofício, o sr Gabriel Pereira, diretor presidente da Saelpa, solicita que a Coluna aponte pontos considerados misteriosos na atual fase administrativa diante das necessidades de informação da sociedade.
Por dever de oficio, a Coluna começa com o contencioso jurídico envolvendo 314 ex-funcionários, hoje sem respostas para o recebimento da diferença provinda do Governo Collor, mas não paga pela Saelpa até o momento. É um volume enorme, tanto quanto a necessidade de esclarecimentos de dividas oriundas do tempo em que a sociedade era dona da empresa.
Há, ainda, os casos dos ex-funcionários que se aposentaram e estão nessa mesma leva de não merecer nenhuma satisfação da empresa.
Ainda da Saelpa II
No contexto, computam-se ainda reclamações cotidianas de valores considerados elevados, mas cobrados pela empresa. Os dados estão fáceis de acesso no Procon, nas instâncias das Pequenas Causas ou, quando preciso monitorar, nos programas de rádio, diariamente.
Na lista, segundo e-mails e telefonemas chegados à Coluna, há outras demandas não honradas pela Saelpa. Mas, esses casos estão a merecer dados adicionais para trato em tempo e oportunidade mais na frente.
Última
To vendo/ to vendo tudo/ mas bico calado/
Faz de conta que estou mudo…
