O senador Ney Suassuna retoma a sua campanha nesta quarta-feira sobrestado ou seja, nem tem inocência plena formalizada, nem culpabilidade como quer a Oposição – diante da decisão de adiamento do relatório do senador Jefferson Peres para o dia 4 de outubro.
No Direito, algum tempo atrás, a dúvida sempre foi exercida em favor do réu. No caso de Ney, mesmo apelando, como se deu na sessão, para a existência de quorum e leitura do relatório para dirimir dúvidas na sua lisura, isso não se deu porque Peres não permitiu a chance.
O fato é que Ney se mantém na disputa com uma condição atípica porque, sem o parecer antecipado do senador Jefferson o discurso se voltará para atacar seus adversários partidários, PSDB e PFL, responsáveis pela quebra de quorum, embora a maior reação precisa mesmo é mudar o voto dos eleitores, em face da rejeição identificada nas pesquisas.
Objetivemos: durante os três últimos meses, Ney foi bombardeado com a acusação, sem provas, de receptação de propina no caso das Ambulâncias gerando alto índice de rejeição à sua candidatura. Massacrado pela grande midia, teve pouco direito de defesa, daí a repercussão negativa, apesar do relator Peres afirmar que inexiste provas contra ele.
Além do mais, seu companheiro de disputa, senador José Maranhão, afastou-se dele na hora em que mais precisava, tomando rumo diferente do governador Cássio, que mesmo tendo sérias acusações contra Cícero, assumiu a defesa do ex-prefeito de João Pessoa.
Ora, sozinho, desprotegido, Ney ficou entregue às feras tendo publicamente apenas o apoio de Ricardo Coutinho tanto que já resultou em respostas na Capital depois dessa postura do prefeito, diferentemente de Veneziano Vital, em Campina Grande, cidade onde o senador pemedebista vive situação eleitoral crítica.
A esta altura do campeoanto, Maranhão e a cúpula de campanha falam em somar forças e assumir uma só unidade de ação, faltando apenas 10 dias prazo esse não se sabe suficiente para reverter uma condição que poderia ser melhor se não tivesse havido o escanteamento do candidato ao Governo ao seu companheiro de partido.
O fato é que a decisão de adiar para dia 4 de outubro espelha também uma manobra do PFL e PSDB, não só em nível nacional, como na Paraíba ambiente primeiro onde as articulações são gestadas para resolver a sucessão paraibana, envolvendo na conjuntura o caso de Ney.
Em síntese, o tempo é curto e as ações exigidas são muitas para reversão de quadro, cujo percentual volto a repetir de rejeição criada pelos atropelos de campanha hoje seja o principal obstáculo da candidatura de Ney e, por conseguinte, de Maranhão.
A falta de unidade lá atrás, agora vai mostrar o tamanho do estrago presente. Se Maranhão será mais forte que tudo? ah isso vamos atestar nesta reta final.