Não há um dia sequer sem que não surjam, nos bastidores, informações novas – muitas desencontradas sobre o futuro da disputa para o Senado hoje polarizada entre Ney Suassuna e Cícero Lucena. Nas duas campanhas, portanto, há euforia, embora ainda seja prematuro falar em situação resolvida para uma das partes.
Em principio, pondo a paixão de lado, a outrora condição em larga vantagem de Ney sobre Cícero já não se efetiva porque os últimos fatos, especialmente a citação de seu nome na CPI dos Sanguessugas, gerou desgastes continuados a lhe tirar pontos na preferência.
Há, ainda, dois fatores especiais que, ou Ney resolve ou enfrentará novos dissabores à frente: o primeiro, ainda diz respeito à sua vã esperança de que terá votos de prefeitos eleitores de Cássio e do seu grupo pemedebista. Na prática não funcionará como pensa.
Vamos a exemplo claro, real e indiscutível: durante muito tempo, Ney colocou como voto certo o prefeito de Remigio, Cláudio Régis, pelo fato de ter gerado emenda para aquele município. Resultado: dias atrás ele foi às rádios anunciar apoio a Cícero deixando a turma original do senador (pemedebistas e petistas) de braços cruzados, sem ainda entrar na campanha.
A outra questão diz respeito ao PT que não está assumindo in totum a campanha do senador, ao contrário fazendo alguns deles incrementarem movimentos paralelos pensando até em Vital Farias nome que a cada dia que passa atrai os votos de Esquerda.
No caso de Cícero, perdura uma condição de campanha colada com Cássio gerando no silêncio da noite investidas contra redutos, em tese de Ney, como se dá em Santa Rita, onde o filho e a esposa de Marcus Odilon pintaram a cidade com nomes de Quinto e Cícero para desconforto do senador pemedebista.
Diante desse cenário, Ney vai precisar resolver de vez o caso Sanguessuga apresentando Certidão de não-envolvimento, como jura, e ainda juntar diversos aliados mal acostumados com o regato financeiro do senador.
Somente superando essas questões ele pode pensar de fato em reeleição.