Teresina – A campanha para o Governo ainda nem se deu, porquanto as normas eleitorais estabelecem prazo a partir de junho, mesmo assim a fase prévia de movimentos entre as candidaturas já produzem conceitos distintos sobre o processo, alguns advindos de pesos pesados da vida política estadual.
Nesta quarta-feira, antes de embarcar para a terra de Carlos Castelo Branco e Petrônio Portela, pude ouvir atentamente a análise de um dos mais respeitados personagens da vida político-administrativa recente da Paraíba, mesmo que sendo só nos bastidores, por onde ele transita com desempenho de formulador de processos.
Refiro-me a José Maria Andrade, descoberto no final dos anos 80 quando ainda da Constituinte pelo atual governador, então deputado federal, portanto, desde a campanha de Ronaldo em diante passou a se constituir na usina humana de conceitos para uso do Grupo Cunha Lima nas campanhas e nos governos.
Nem precisa de tamanho preâmbulo, mas ouvi Zé Maria – como na intimidade é tratado, dizer por algumas vezes estar convencido do cruzamento estatístico entre Cássio e Maranhão permitindo na seqüência a virada e vitória do governador na disputa para o Governo.
Ele, na hora da conversa acompanhado de Jurandir Mirandir o executivo / guardião da MIX e dos processos fermenta sua convicção em três pilares básicos: o desempenho do governo, a performance eleitoral do governador e a capacidade de Cássio mostrar que fez em quase 4 anos mais do seu concorrente, senador José Maranhão fez durante 8 anos.
Essa convicção de Zé Maria não lhe sai do quengo, do juízo melhor dizendo. Feito cachoeira se arvora a sair citando diversas áreas de governo e de processos históricos comparativos.
Há mais, conforme sua lógica: desta feita a eleição será decidida nos pequenos municípios 180 das 223 cidades perfazendo hoje um pouco mais de 52% do eleitorado portanto, os 48% restantes, das médias e grandes cidades, tendem a se anular em si, a exemplo de colégios eleitorais como João Pessoa e Campina Grande.
Como estrategista, Zé Maria produz ainda o conceito de que Cássio atrai valores positivos em diversos aspectos de uma campanha, como discurso mais conciso, raciocínio lógico mais rápido, imagem de mais empatia, fácil conduta na relação popular e dispor de um projeto de futuro mais convincente para o Estado e os paraibanos.
– A Paraíba não pode retroceder conceituou como a repetir bordão também usado por Ronaldo na dura campanha para o Governo, em 1990, contra Wilson Braga.
Agora, como diz São Tomé, é ver para crer. Zé Maria não brinca.
Caso Campina
Diferente do que reproduzem adversários, José Maria Andrade acha que Campina Grande votará nos candidatos de Campina. Por esse raciocínio, se extrai que, mesmo aprovando a administração de Veneziano, o eleitorado tenderá fazer a opção por Cássio na campanha de governo.
Para ele, não haverá transferência de voto do atual prefeito na direção do senador Maranhão como apostam os pemedebistas.
A lista e a alma lavada
A Controladoria Geral da União fez divulgar, ontem, a lista dos 60 municipios com envolvimento comprovado no esquema das ambulâncias (vide Operação Sanguessuga) não inserindo um único parlamentar paraibano.
A informação publicada, inclusive no Portal WSCOM Online foi recebida com festa pelos deputados federais e o senador Ney Suassuna.