Impressiona como, mesmo diante de procedimento inédito (proativo) a exemplo do que seu com a iniciativa de apresentar escala de reajustes salariais há tempo não visto, o prefeito Ricardo Coutinho se mantém em diálogo atravessado e, por conta disso, coleciona dissabores e derrotas na relação com a Câmara Municipal.
Há vários fatores, somente não percebidos, por um certo de ar de arrogância oficial quando pressupõe que, qualquer que seja o ato mesmo com motivação positiva, só isso bastará para que a Câmara reforce e aprove todas as matérias na forma pretendida pelo alcaide.
Ora, entre outros aspectos, RC acumula o contencioso na relação com a Câmara porque insiste em não ceder o mínimo para conquistar Maioria no Legislativo condição essa que lhe tiraria desse acumulo de derrotas.
Se não tem Maioria e cede pouco, ou quase nada, portanto, a Oposição tendo Maioria fará tudo o que for possível para atrapalhar e melar os procedimentos do Executivo, mesmo quando apresenta programa de reajustes em nível aplicado por pouquíssimas administrações publicas neste pais.
Ricardo Coutinho, reformador com perspectiva histórica na gestão da Capital paraibana, é o mesmo cabeça dura a repicar na tecla ilusória e inconseqüente que terá o reconhecimento geral, inclusive da Oposição, pelo fato de ser honesto e, esforçado, estar fazendo administração de inspiração positiva.
Claro que isso jamais acontecerá porque, inclusive nesse caso do Reajuste, a Oposição ( leia-se o ex-prefeito Cícero Lucena ) anda dando as cartas ao bel prazer porque RC insiste em cultuar desejos impossíveis numa aldeia de economia pequena onde a busca de ocupar o Poder impede o surgimento de nova cultura no trato do público e privado, especialmente tendo a Câmara assistencialista como sempre foi.
Trocando em miúdos, ou RC cai na real e opera a Maioria, ou jamais terá sossego nem na Câmara nem na gestão de reformadoras medidas administrativo-financeiros.

