O que está por trás de Nadja

O aguçamento da crise política entre a vereadora Nadja Palitot com o Governo Ricardo Coutinho traduz o final de um processo de convivência político-partidária muito difícil de ser revertido – quase impossível – porque os valores causadores da incompatibilidade extrapolam a razão e o aspecto da relação.

A rigor, sem tirar nem por, Nadja não consegue conviver com a liderança superior de Ricardo Coutinho no PSB conquistada no voto e nas relações internas, posteriormente de força no partido, tanto que a substituição de Hebert Palitot por Alexandre Urquiza no Diretório Nacional, recentemente, serviu de estopim somente agora revelado em nome de outras pendengas.

Ora, contemporânea de ex-lideranças mirins como Rui Carneiro, Trocolly Júnior, Avenzoar Arruda e Ricardo Coutinho – todos ex-vereadores -, Nadja Palitot remói e, às vezes, indaga o que há de errado para não ter galgado os mesmos degraus políticos das pessoas agora citadas, mesmo tendo atuação política de reconhecido valor.

Some-se a isso, o fato de ser e estar liderada por Ricardo Coutinho – condição essa que lhe perturba porque não há diálogo franco, sincero no desarmamento de espíritos – daí construir ou contribuir com conspirações que já levaram à ruína o relacionamento entre eles porque, fiel dos tempos de Arraes, não se conforma com o comando do prefeito na era Eduardo Campos.

Insubordinada em momentos inesperados da relação política, volta e meia aparece com novidades que tumultuam a relação com aliados, a exemplo de projeto mantido por ele surdamente para ser candidata ao Senado disputando por Ney Suassuna aliado importante do prefeito.

Afora valores abstratos, somente compreendidos por leituras revisitadas de Freud, a importância da vereadora se dilui e se esvai na sua relação com o prefeito, porque além de não existir sinceridade há continuados amuos e revolta quando é instada a ter de ferir da fidelidade, como ontem foi aprovado pelo PSB municipal, mesmo querendo usufruir do Governo que ajudou a se eleger.

Trocando em miúdos, Nadja destoa por sua personalidade irrequieta, às vezes se misturando a espírito perigoso da desagregação, por isso vai patinar, esbravejar, gritar no alto de sua competência mas, como saldo, haverá de ficar só porque nem está mais sendo aceita internamente no PSB e o Governo porque a outra opção é ficar com Cícero ( seu desafeto ) e Cássio.

Por isso, no mínimo está contribuindo para seus inimigos “como inocente útil” e, na real, no máximo, está rompida com Ricardo sem assumir publicamente.

E agora, para onde ir?

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