PSDB: certeza, risco ou cumplicidade

A decisão do Grupo Cunha Lima de apostar todas as fichas na reeleição do x-prefeito de João Pessoa no PSDB estadual, neste domingo, é fato que induz a situação à constatação de que, ou há alta confiança na inocência do líder tucano diante das acusações da Operação Confraria ou a cúpula está sem coragem ou moral de tira-lo da jogada.

Não se trata de avaliação sobre a condição pessoal de Cícero como gente afável e de demonstrado jeito de boa convivência, mas é que sua condição anda frágil em face das pesadas acusações que lhe atingem por desvio de recursos públicos.

Tudo bem que não há condenação ainda posta, nem se pode condenar inocentes, mas a situação do ex-prefeito da Capital anda complicada porque todas as instâncias de investigação pública federal reproduzem o mesmo posicionamento de acusação de Cícero fragilizando-o como nunca acontecera.

Ora, a realidade atual aponta para a conscientização de que “não colou” o discurso de “preso político”como forma de reverter na opinião pública o efeito da Operação Confraria, tanto que nem o PSDB Nacional nem o governador Cássio não tocaram mais no assunto com a veemência de antes.

Se isso é verdadeiro, construir a reeleição de Cícero é ignorar a grave acusação em curso, põe o PSDB em condição única de acreditar e apostar na inocência plena do ex-prefeito ou, noutra ponta, leva o partido e suas lideranças à falta de condição de convencer o ex-prefeito da Capital por cumplicidade ou medo de reação do líder tucano.

Trata-se de uma situação inusitada para o PSDB como cartada decisiva numa situação super- delicada e capaz de gerar os mais complicados efeitos no futuro.

Como se trata de caso pensado e altamente discutido, agora é assumir as conseqüências.

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