O desabafo de Cícero

Fazia tempo não via Cícero Lucena de coração aberto, mas destemido. É que, anteriormente, ora ele se aparentava revoltado pelas denúncias de irregularidades contra sua pessoa, ora era a cara da serenidade com tudo o que havia ao redor. Ontem, num ambiente rústico, de comida regional, o atual Secretário de Planejamento se fazia ao lado de amigos de sempre.

– Só eu sei, ao lado de familiares e amigos, o sofrimento pela tentativa maldosa de condenação precipitada e injusta pelas citações em casos claramente explicáveis do ponto – de – vista da aplicação dos recursos e de seus resultados – contou Cícero de olhos contemplativos.

Não houve pranto desta vez, apenas gestos de mãos incisivas como a dizer que a batalha está só começando sem ele a teme-la, mesmo sob acusação que fere e dói feito punhal pela lama nele aplicada.

Cícero não é ingênuo, muito menos desatento com as acusações imputadas, mas, nos últimos dias saiu da malha jurídica capaz de foco estadual para abrigar a força de escritório de advogacia lotado em Brasília com dimensão das grandes causas, agora para buscar desmontar as imputações da CGU e do Ministério Público Federal.

Esta é a teia central do seu mundo mais urgente, pois desse universo de amarguras e acusações está vinculado diretamente seu futuro político, cujo alvo é disputar o Senado com Ney Suassuna, voto a voto.

Centrado, ao que pareceu, Cícero disse respeitar seu adversário, mas não o teme. Para ele, o debate futuro sobre o que ele e seu concorrente representam, pode instruir o eleitor a optar por sua causa pela vinculação que considera mais próxima das bases diretas do Estado.

Aliás, o ex-prefeito da Capital anda plugado com as coisas de Brasília – os desmantelos e os efeitos de tudo na sucessão do próximo ano – tanto que, por força da conjuntura considera que o tempo empurra o governador Cássio a rever processos para manter-se no PSDB, de onde esteve bem perto de sair para o PTB.

Trocando em miúdos, Cícero está no jogo certo de que pode ainda experimentar a superação dos problemas e usufruir de tempos do bemvirá.

Fila de banco

O Supremo Tribunal Federal considerou constitucional a Lei 8.788, de 1998 – a famosa Lei Milanez, que obriga os bancos a adotar sistemas para evitar filas de clientes.

A lei chegou a ser editada, mas o Sindicato dos Bancos recorreu da decisão no STF levando o supremo a se posicionar definitivamente ontem.

– Considero uma vitória da cidadania com reforço de nossa luta por essa conquista – comemorou Milanez.

De fato foi luta sua.

Última

“…Os automóveis ouvem a noticia/
os homem a publicam nos jornais…”

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