Os últimos dias serviram para ampliar movimento interno na Câmara Municipal de João Pessoa projetando a possibilidade de gerar o impedimento do exercício pleno do atual presidente Severino Paiva, caso não apresente esclarecimentos e nominação dos personagens aventados pelo dirigente de querer fazer idêntico ao Caso Rondônia de propinas veladas na direção dos cofres públicos.
Os vereadores Zezinho do Botafogo e Aníbal Marcolino disseram, ontem, em momentos diferentes ao WSCOM Online e ao Jornal Correio da Paraíba que estão dispostos a pedir o afastamento do presidente, na hipótese dele não apontar os nomes, inclusive de jornalistas e veículos fazendo chantagem à presidência.
Aníbal chegou a ir mais fundo lembrando que, com o afastamento e a ascensão do vereador Padre Adelino teria que haver nova eleição para a vice-presidência matéria essa que precisa de consulta mais apurada porque há quem defenda a existência de eleição geral para presidente, vice, etc veja onde já chegou a conversa.
O movimento, a rigor, tem a chancela muda do prefeito Ricardo Coutinho, uma vez que se isso se efetivasse estaria tirando do caminho um incômodo ainda não superado pela eleição de Severino Paiva ter ocorrido dia 1º de janeiro, após acordo dele com a Oposição traindo acordo anterior com a base aliada.
Ainda é muito cedo, portanto embrionário ter o processo da forma como está, pois há outros movimentos a serem dados pelo presidente capaz de alterar a situação, como é o caso do pedido de desculpas pela pisada na bola, situação essa que dizem estar em exame o que, em tese, atenuaria a gravidade da postura.
Mesmo assim, em qualquer condição, o fato é que a crise de relação entre a base aliada não se restringirá ao afastamento, pois existe outra intenção deliberada majoritariamente pela Maioria da Casa projetando a distribuição do poder da Mesa Diretora, hoje dando ao presidente e ao superintendente a condução absoluta da administração e isso a base da Situação trabalha duro para reverter.
Como se vê, a semana promete muita discussão acalorada e possibilidades diferentes de alterar o status quo na Câmara, embora de antemão espere-se que esteja descartada a hipótese de golpe numa instância democrática como é o Legislativo.
