A crucificação de Cícero

A veiculação constante de notícias sobre o entendimento do Ministério Público Federal, mais recentemente da Controladoria da União sobre irregularidades na forma e execução de projetos no governo Cícero Lucena (ao todo R$ 75 milhões) tem levado a opinião pública à indução de que o ex-prefeito desviou milhões de reais para seu bolso.

Tanto a essência do que vem sendo divulgado, quanto a indução maléfica de roubo tornada como “verdade” sem a conclusão definitiva dos processos, isto é, sem dar margem às partes se pronunciarem, nos dois casos precisam urgentemente de melhor trato para veredicto real perante a opinião pública.

Da forma em que anda o tratamento da questão, há uma condenação – ou tentativa como tal – do ex-prefeito, aliás aspecto tão forte que respingou desde lá atrás na campanha passada porque ficou o dito pelo não-dito.

Se reparar direito, todos os indícios postos até agora, nenhum deles se fez comprovar publicamente (com documentos), sem citar o famoso “transitado e julgado” para, somente assim, sentenciar definitivamente o que de fato se passou nas contas de Cícero na execução dos projetos de alta monta financeira.

Até agora, exceto em entrevistas de rádio que se perdem no ar, a mídia não tem dado o mesmo destaque à versão de Cícero sobre cada uma das denúncias daí ter sido construído gradativamente um conceito perigoso e precipitado de indução para que, como líder político, ele seja execrado.

Aqui não cabe amenizar a indispensável necessidade do ex-prefeito explicar, tim-tim por tim-tim, cada uma das denúncias, certamente que o fará, mas daí a já ser sua condenação prévia é crucificação em tamanho injusto porquanto as provas inexistem no tamanho mensurado, sequer o tempo e oportunidade dada para defesa..

Da forma posta está desigual, portanto, em estágio pronto para reparação, enquanto há tempo.

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