O debate na OAB

A presença dos advogados Arlindo Delgado e Levi Borges no debate promovido, ontem, pelo `Correio Debate´, na 98 FM em Rede Estadual de Rádio, era o que os advogados esperavam com endosso da sociedade, às vésperas das eleições na OAB/PB – seguramente uma das mais importantes entidades na defesa da cidadania como um todo.

Para ser sincero, ou próximo de um sentimento de frustração comum em outras pessoas, o debate esteve menor com a ausência do advogado José Agra, de Oposição denominada de `Muda OAB´, porque ele se traduzir em parte importante na contextualização da entidade. Em não estando presente, só assim sendo já se contradiz com o estilo e história oposicionista, que pode ter lhe custado a derrota.

A causa da ausência neste momento é menor também porque o tempo já não mais repõe a possibilidade de um debate amplo, verdadeiro e completo, como o esperado. O candidato oposicionista, segundo documento de um advogado aliado, estava envolto com tarefas em outras bases, o que, na verdade, inexistiu porque uma dirigente da Associação Brasileira das Mulheres de Carreira, Fátima Lopes, disse ter estado com o candidato no Fórum da Capital em pleno horário do debate.

O fato é que a ausência pode até ter tido motivação do marketing, mas não se explica tanto, quando se trata de agente de oposição numa ambiência eleitoral (João Pessoa) onde, em tese, não tem mesmo desempenho eleitoral como em Campina, conforme dizia um dos adversários antes do debate.

Há um escape (tênue?) para Zé Agra em plena campanha, que é a possibilidade real de ter sido mesmo instruído por marqueteiros de estofo internacional ponderando para o fato da ausência ser melhor do que a possibilidade de desgaste com o debate em si. Isso, entretanto, só faz sentido se, em pesquisas confiáveis, estiver em patamar de preferência acima de qualquer condição.

A estratégia faz parte das possibilidades, mas se esvai quando a chapa de Situação diz ter avaliação a permitir vôo confortável na preferência da disputa a partir de João Pessoa. Pelo sim, pelo não, uma das partes está blefando, isto sem levar em conta que, no caso da Oposição, não se abstrai do debate da forma posta porque pega mal.

O fato é que Levi e Arlindo se expuseram durante mais de uma hora com propostas, análises e algum `pega-rabo´ no trato de temas tabus, a exemplo de críticas a partir de Levi Leite às custas processuais no Estado, às condições reais das seccionais de Cajazeiras e Catolé do Rocha e do tema central, que é a repetição de mandatos, motivo maior do combate.

De sua parte, Arlindo se fixou em explicar os pontos questionados, além de apresentar novas propostas de conquistas da classe e apresentar, politicamente, o que denominou de projeto transitório, visando passar o comando da OAB/PB às gerações seguintes.

Em síntese, a ausência de Zé Agra fez menor o debate da OAB, deve ter provocado reação imediata a ser aferida no decorrer dos dias, mas mostrou que, se Levi é oposição presente, Arlindo se consolida como forte candidato à reeleição.

Por que não eu…

O título acima pode até lembrar um refrão famoso interpretado por Paula Toller, do Kid Abelha, mas não é a causa não. Trata-se da síntese de indagação, pura e cristalina, que o vice-prefeito de João Pessoa, Haroldo Lucena, faz a si mesmo e ao partido para não se enquadrar como companheiro de chapa de Manoel Júnior na sucessão de 2004.

– Ora, se sou vice – prefeito hoje, porque não posso postular legitimamente essa condição no PMDB? – indagou ele.

Honrado, Haroldo tem lá suas razões.

Dunga na área

Pouca gente viu, mas quando o Presidente Lula desceu em Cabaceiras lá estava o leve e ágil deputado Carlos Dunga, cercado de prefeitos. Tinham 16, me contaram.

Depois que a poeira sentou e Lula veio de encontro ao grupo à frente, Dunga foi logo, na bucha, entregando o documento dos prefeitos buscando reivindicações urgentes.

Como Ciro estava de lado, o presidente entrou o documento, como a dizer: `toma, o filho é teu´.

Segurança PT I

Pode perguntar ao mais `foca´ dos `focas´ das redações: nunca, nunquinha – como diz George, sobrinho querido do mano Duda – que se viu tamanho esquema e aparato de segurança a um presidente.

Foram, dependendo do lugar, entre três a quatro barricadas selecionando quem podia ou não ter acesso. Até a prefeita Cozete Barbosa foi barrada em Lagoa Seca, só não ficando à margem porque Lula puxou-a e a pôs no palanque.

Segurança PT II

Por ordem do Cerimonial do Palácio do Planalto, cada personagem tinha um local específico para ficar. No palanque de Lagoa Seca, por exemplo, o prefeito Bola ficou uma tiririca de raiva porque, mesmo sendo a maior autoridade, um vereador do PT – como pouco mais de 1 mil votos – teve direito a ficar mais próximo de Lula. Desde desse dia que Bola não dorme direito.
    
Agora, o exagero foi comentado por muitos. Nem nos tempos da famosa Ditadura se viu igual.

Umas & Outras

… A Secretária Adjunta de Cultura, Cida Lobo, se volta nos próximos dias para produzidos as últimas estratégias visando aprovação da Lei Augusto dos Anjos.

… O telefone celular de Ricardo Coutinho continua recebendo ligação daquele outro famoso do PMDB.

… Independentemente, Manoel Júnior anda se entusiasmando até demais na condição de pré-candidato.

… Já o PT entra ainda em novembro com novidades para alavancar a candidatura de Avenzoar Arruda. Se for preciso um guindaste, até assim a questão será solucionada.

… O pré-candidato do PT está certo de que vai para a cabeça da disputa logo no início do próximo ano.

Última
` O que dá pra rir/ dá pra chorar…´

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