O ônibus escolar que tombou na manhã do dia 1º de abril de 2025, no trecho da PB-077 entre os municípios de Pilões e Cuitegi, e que causou a morte de dois estudantes e deixou 31 pessoas feridas, não havia passado pela vistoria obrigatória do Departamento Estadual de Trânsito da Paraíba (Detran-PB). A informação foi confirmada pelo órgão ao portal g1.

O veículo, que realizava o transporte de estudantes do município de Pilões, deveria ter sido submetido à fiscalização em novembro de 2024, mas não compareceu. O acidente ocorreu na chamada Ladeira do Espinho, um trecho sinuoso da rodovia estadual, e, segundo o delegado João Amaro, uma nova perícia mais detalhada será feita no local e no próprio veículo.

O motorista do ônibus, identificado como Alisson David Galdino do Nascimento, sofreu ferimentos, foi atendido no Hospital Regional de Guarabira e, após receber alta, prestou depoimento à Polícia Civil. Segundo o delegado Basílio Rodrigues, Alisson afirmou que dirigia em baixa velocidade devido às curvas e acredita que uma falha nos freios causou a perda de controle e o tombamento. O teste do bafômetro deu negativo, e o condutor possui habilitação compatível com o tipo de veículo.

A Prefeitura de Pilões informou, por meio de nota, que o veículo era alugado e que o contrato previa a obrigação de o proprietário manter o ônibus em boas condições e com condutor habilitado. A administração municipal disse ainda que o ônibus havia passado por uma revisão recentemente e que vai instaurar um procedimento administrativo para apurar o que causou o acidente.

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O Corpo de Bombeiros, por meio do tenente Glauco, afirmou que o trecho onde o acidente ocorreu não apresentava marcas de frenagem, o que reforça a hipótese de falha no sistema de freios. Já o perito criminal Miguel Sales informou que o ônibus tombou em uma curva e se arrastou pela pista até ser contido por uma mureta, impedindo que o veículo caísse em uma ribanceira.

As vítimas fatais foram Gustavo Batista Belo da Silva, de 13 anos, estudante de uma escola particular de Guarabira, e Fátima Antonella Guedes de Albuquerque, de 16 anos, aluna da Escola Cidadã Técnica Integral Dom Marcelo Pinto Carvalheira, onde cursava o ensino médio e o curso técnico em informática. Os corpos foram liberados após exames no Núcleo de Medicina e Odontologia Legal (Numol) de Guarabira.

Entre os 31 feridos, uma das vítimas teve uma das mãos decepada. Os feridos foram levados para o Hospital Regional de Guarabira, UPA de Guarabira e Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa.

O veículo foi retirado do local na tarde do dia do acidente. Até o momento, a empresa responsável pela locação do ônibus não foi identificada. A Polícia Civil investiga o caso como homicídio culposo, quando não há intenção de matar.

As informações são do g1.