Paraíba

“O pranto embasado de censura inaceitável da PMJP faz artista plástico Marcos Pinto resistir em busca de liberdade”, por Walter Santos


10/11/2020

Na imagem o artista plástico paraibano, Marcos Pinto

Quem não conhece o artista plástico Marcos Pinto, um sessentão menino, natural do bairro da Torre – espécie urbana de múltiplas raças e talentos -, não sabe que em torno de sua história habita um gênio singular gravitando entre pinturas e esculturas, há anos sofrendo censura velada por decisão da PMJP de esconder uma de suas mais belas obras – a “Aves de Arribação”.

Trata-se de uma obra singular que acabou e se mantém punida pelos excessos extravagantes da censura política eivada de tom religioso contraproducente em nome de uma nova ordem neopentecostal.

Obra “Aves de Arribação”, de Marcos Pintos, ainda sob censura e guardada em galpão da Prefeitura de João Pessoa

O prefeito Luciano Cartaxo se rendeu ao absurdo da crítica infundada e há anos guarda a Obra de Arte num galpão sujo, como é a mente mesquinha e de falsa moral de vertentes humanas xenófobas, misóginas e ignorantes ao desconhecer o significado da arte e da cultura.

Há anos, Marcos Pinto reclama e exige liberdade com apoio minguado de nossos representantes covardes para voltar a ter um de seus objetos de arte imorredoura exposto em lugar público para onde foi criada.

Trata-se de uma escultura doada pela Construtora Holanda à cidade de João Pessoa no final da Av Beira Rio no acesso ao Altiplano e instalada no Governo Luciano Agra mas que, por mentes doentias e malogras, convenceram o prefeito de Fé temente a cometer o crime da censura.

De sorte, que só resta lutar para que aconteça em João Pessoa e na Paraíba a constituição de Lei garantindo a liberdade artística de expressão, como aconteceu em Nova York nos anos 80 quando da retirada da escultura “Tilted Arc”, de Richard Serra, instalada na Federal Plaza, somente foi refeita com a nova lei.

Mesmo nos tempos de Negacionismo retrógrado, se faz fundamental manter a chama pelo respeito à liberdade de expressão, sobretudo quando a obra vem da genialidade artística.

Como dizia Caetano, ” é proibido, proibir”.



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