O ministro da Educação, Camilo Santana, reforçou nesta sexta-feira (21) que o Enem 2025 está mantido, apesar das suspeitas de vazamento de questões e da pressão de grupos que pedem a anulação da prova. O posicionamento ocorre após ampla repercussão nas redes sociais sobre o conteúdo exibido em uma live feita antes do segundo dia do exame.
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Santana classificou como “ruído” as discussões sobre o material apresentado pelo estudante de medicina da Universidade Federal do Ceará, Edcley Teixeira, que exibiu, em uma transmissão ao vivo, ao menos cinco questões muito semelhantes às que apareceram no exame deste ano. Segundo ele, a decisão do Inep de anular três itens teve caráter exclusivamente técnico.
“[Sobre] o ruído que aconteceu nas redes sociais de uma live de um aluno, de um jovem que divulgou questões que podiam ser similares às que caíram no Enem, a comissão do Inep, que é responsável pelo Enem, tomou a decisão técnica de cancelar, anular, três itens com um único objetivo: de prevenção e isonomia, e para não prejudicar nenhum aluno que fez o Enem este ano”, afirmou.
Com a repercussão do caso, a Polícia Federal abriu, na quarta-feira (19), um procedimento para investigar a possível divulgação indevida de conteúdo desta edição do Enem. De acordo com a corporação, medidas de preservação foram adotadas imediatamente, incluindo o resguardo de todo o material publicado nas redes sociais e a solicitação às plataformas digitais para que mantenham os registros técnicos necessários à apuração.
A crise provocou intenso debate entre estudantes, que articulam manifestações entre esta sexta-feira e sábado (22) para pressionar pela anulação da prova. O movimento argumenta que houve prejuízo coletivo e organiza atos em diversas capitais por meio de grupos no WhatsApp e Telegram. Em Brasília, está previsto um protesto em frente à sede do Inep.
Em resposta ao episódio, o Inep divulgou comunicado reafirmando a “isonomia, lisura e validade” da edição deste ano. O órgão destacou que “nenhuma questão foi apresentada tal qual na prova” e classificou as semelhanças como “pontuais”.
