Menopausa pode interferir na saúde dos dentes, segundo especialistas

As alterações hormonais típicas do climatério aumentam a vulnerabilidade a problemas como doença periodontal, cáries e boca seca.

Imagem: Freepik

 Uma fase biológica natural na vida de milhões de brasileiras, a menopausa, é comumente associada a sintomas como ondas de calor e alterações de humor. No entanto, um aspecto crítico e frequentemente negligenciado desse período ganha destaque no consultório odontológico: o impacto significativo na saúde bucal.

Especialistas alertam que a queda nos níveis de estrogênio pode tornar dentes e gengivas mais vulneráveis a uma série de patologias. Nesse contexto, a busca por um dentista em São Paulo, na Paraíba ou em outras regiões do país, capaz de compreender essa intrincada relação hormonal, deixa de ser uma mera rotina e vira uma necessidade preventiva.

Ferramentas e portais na web, como a plataforma AvaliaMed, surgem como aliados, permitindo que o público pesquise pela avaliação e filtre profissionais com base em qualificações, experiências e avaliações de outros pacientes, assegurando uma decisão mais informada e confiável.

Doença periodontal: uma relação que exige atenção

A doença periodontal, uma inflamação que começa nas gengivas (gengivite) e pode evoluir para uma infecção mais profunda que destrói o osso de suporte (periodontite), é uma das maiores preocupações. A condição é causada por bactérias, mas as alterações hormonais da menopausa podem agir como um fator de agravante.

“Torna-se difícil isolar um fator relacionado com a menopausa que seja diretamente responsável pela doença periodontal. Parece que a acumulação simultânea de muitos fatores de risco, interagindo uns com os outros, tem uma maior influência na progressão da doença”, aponta uma revisão de literatura publicada na Revista JRG de Estudos Acadêmicos. No entanto, o mesmo estudo conclui que “a deficiência de estrogénio ou condições osteoporóticas podem agravar a doença periodontal e promover a recidiva após o tratamento”.

Um estudo transversal com mulheres na menopausa na Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará encontrou um índice elevado de doença periodontal nessa população, destacando a necessidade de políticas públicas de saúde bucal voltadas para esse grupo.

Sintomas silenciosos

Enquanto os fogachos são amplamente discutidos, as manifestações orais da menopausa podem progredir de forma sorrateira. De acordo com a Mayo Clinic, a secura em tecidos mucosos é uma queixa comum durante a transição menopausa, que pode durar, em média, quatro anos. Além da xerostomia, mulheres no período perimenopausa e pós-menopausa podem relatar uma série de sinais de alerta:

  • Gengivite persistente: sangramento gengival durante a escovação, mesmo com técnicas adequadas, indica uma resposta inflamatória exacerbada.
  • Síndrome da boca ardente: sensação de queimação ou formigamento na língua, lábios ou em toda a cavidade oral, sem uma causa local aparente.
  • Alterações no paladar: gosto metálico ou amargo constante (disgeusia) é um sintoma relatado por muitas mulheres.
  • Mobilidade dentária: em casos avançados e sem tratamento da doença periodontal, a perda óssea pode levar ao amolecimento dos dentes. A menopausa está associada à diminuição da densidade óssea, o que pode afetar os ossos da mandíbula.

Abordagem multidisciplinar e tratamentos

O tratamento bem-sucedido depende de uma abordagem integrada entre o ginecologista e o cirurgião-dentista. Estratégias para aliviar os sintomas incluem o uso de substitutos salivares, hidratantes bucais e o estímulo à hidratação constante. Ajustes na dieta, reduzindo o consumo de açúcares e alimentos ácidos, são fundamentais.

Consultas de manutenção no consultório odontológico devem ser mais frequentes, incluindo profilaxias profissionais e aplicações tópicas de flúor para combater a sensibilidade e a vulnerabilidade à cárie. Em alguns cenários, a terapia hormonal de reposição (THR), prescrita pelo ginecologista, pode ter um efeito positivo indireto na saúde bucal, melhorando a qualidade dos tecidos.

Para a especialista em Saúde Integrativa, Luisiane Tomazzoni, a nutrição é uma aliada poderosa. “Para combater esses desafios, a nutrição se revela uma aliada poderosa. Não se trata apenas de “comer bem”, mas de nutrir o corpo com inteligência, focando em elementos que fortalecem a estrutura óssea e a imunidade oral”, defende. Ela cita a importância de nutrientes como Cálcio, Fósforo, e as vitaminas D e C para a integridade gengival e óssea.

Um momento de reavaliação

A menopausa é um marco que convida a mulher a rever seus cuidados com a saúde de forma abrangente. E nessa revisão, a saúde da boca merece um lugar de destaque, já que está profundamente conectada com o bem-estar de todo o corpo.

Ter acesso a informações claras e a dentistas que entendem do assunto faz toda a diferença para atravessar essa fase com mais vitalidade. O objetivo vai além de um sorriso bonito; é manter uma boca que funcione bem e permaneça saudável por muitos anos.

Ademais, as plataformas que reúnem conhecimento e aproximam as pessoas dos especialistas certos, mostram que a tecnologia é uma grande parceira para envelhecer com saúde. Diante disso, cuidar da boca é um passo fundamental para uma longevidade com qualidade, demandando uma atenção especial e uma visão que integre todos os aspectos da saúde da mulher.

Mais Posts

Tem certeza de que deseja desbloquear esta publicação?
Desbloquear esquerda : 0
Tem certeza de que deseja cancelar a assinatura?
Controle sua privacidade
Nosso site utiliza cookies para melhorar a navegação. Política de PrivacidadeTermos de Uso
Ir para o conteúdo