A capital paraibana já contabiliza 1.506 casos de violações contra mulheres em 2025, de acordo com dados do Painel de Dados do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC). O levantamento considera qualquer ato que viole os direitos humanos das vítimas, como maus-tratos, exploração sexual e tráfico de pessoas.
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Apesar do número expressivo, apenas 203 denúncias foram formalizadas junto à Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos (ONDH). Somente em outubro, 138 novos casos foram registrados em João Pessoa. Em todo o estado da Paraíba, o total chega a 5.192 violações e 709 denúncias até o dia 29 de outubro de 2025.
O coordenador do curso de Direito da Faculdade Anhanguera, Osmundo Nogueira Gonzaga, destacou a importância da denúncia como instrumento de proteção e conscientização. Segundo ele, denunciar a violência “pode levar à intervenção imediata das autoridades para proteger a vítima e garantir a segurança da mulher”.
O especialista reforça ainda que o ato de denunciar “contribui na responsabilização dos agressores, promove justiça para as vítimas e ajuda a prevenir futuras ocorrências”.
“Ao denunciar casos de violência, é possível interromper o ciclo de abuso e prevenir que outras mulheres se tornem vítimas do mesmo agressor. A denúncia pública da violência ajuda ainda a conscientizar a sociedade sobre a gravidade do problema, incentivando ações para combatê-lo e promover mudanças culturais e sociais. Por fim, as vítimas têm acesso a recursos e apoio, incluindo assistência jurídica, abrigo, aconselhamento e serviços de saúde mental, que podem ajudá-las a se recuperar do trauma e reconstruir suas vidas”, explicou o docente.
Osmundo Nogueira também orienta sobre formas seguras de pedir ajuda em situações de risco. Segundo ele, uma das estratégias é ligar para o 190 e simular um pedido de delivery, de modo a alertar discretamente a polícia sobre o perigo.
Além disso, qualquer pessoa pode registrar denúncias por meio da Central de Atendimento à Mulher (Disque 180). As delegacias especializadas também estão preparadas para acolher vítimas e oferecer encaminhamento adequado, atuando de forma mais ampla no combate à violência contra a mulher.
 
			         
											