Modelo para o Nordeste: Paraíba eleva padrão da Segurança Pública na Região.

Pesquisas de opinião mais recentes da Quaest revelam que a principal preocupação dos brasileiros é com a segurança pública. Assaltos, roubos, homicídios, estupros, tráfico de drogas e a atuação do crime organizado têm levado a população a cobrar dos governos ações concretas que promovam mudanças significativas nesse cenário.

As estatísticas corroboram essa sensação de insegurança vivida pela sociedade e ajudam a compreender melhor a realidade do problema. Em 2011, por exemplo, foram registradas 47.215 mortes violentas intencionais (MVIs) no Brasil, das quais mais de 19
mil ocorreram na região Nordeste. Na Paraíba, nesse mesmo ano, foram contabilizadas 1.614 “mortes matadas”. Entre 2011 e 2017 — este último, o ano mais violento da série histórica — houve um crescimento de 36% na violência no país.

Em 2017, o número total de MVIs superou 64 mil casos. No Nordeste, foram 27.182 ocorrências, representando um crescimento superior a 40% em relação a 2011 e concentrando 42,6% de todas as mortes violentas intencionais do país. Já os dados consolidados de 2023 apontam o Nordeste como a região mais violenta do Brasil, com uma taxa de 36,5 MVIs por 100 mil habitantes. Para efeito de comparação, a taxa mundial está em torno de 6 por 100 mil, a da América Latina é de 24/100 mil, a do Brasil é de
22,8/100 mil, e a dos Estados Unidos, de 5/100 mil.

A Paraíba viveu um período de destaque em sua política de segurança pública entre 2011 e 2019, com uma redução de 41% nas mortes violentas intencionais, culminando em 953 óbitos em 2019. Entre 2020 e 2023, houve novo recuo, embora mais modesto, de -5,5% no total de casos.

Em 2025, o Centro de Liderança Pública (CLP), responsável pelo Ranking de Competitividade dos Estados, apresentou uma análise sistemática da segurança pública no país. Nesse estudo, a Paraíba aparece em 2º lugar entre os estados do Norte e Nordeste e em 7º lugar no ranking nacional, destacando-se como uma das unidades federativas com melhores índices de segurança da região, ultrapassando o vizinho estado de Pernambuco, que em tempos passados se destacou com o programa ‘Pacto pela Vida’, uma das
principais referências para a criação do ‘Paraíba Unida pela Paz’.”

Esse reconhecimento, tanto regional quanto nacional, revela a capacidade institucional da Paraíba em promover soluções para problemas complexos. Parte considerável desse avanço se deve à articulação eficaz entre os órgãos de coerção e as boas práticas de investigação criminal. Nesse contexto, outro instituto de pesquisa já havia evidenciado o trabalho diferenciado realizado pelos profissionais da segurança pública no que se refere à elucidação das mortes violentas intencionais.

O Instituto Sou da Paz, em seu relatório intitulado “Boas práticas e melhoria na investigação dos homicídios: a experiência da Paraíba”, aponta que o aprimoramento operacional tem contribuído significativamente para a transformação do cenário da
segurança no estado.

A Paraíba tornou-se pioneira ao mensurar os homicídios por meio do indicador de elucidação de inquéritos policiais de MVIs. A criação de um banco de dados robusto fornece subsídios empíricos sobre os gargalos e as reais necessidades estruturais do
processo investigativo. A produção de indicadores de esclarecimento de homicídios permite identificar com mais precisão as características do assassinato, como o local do crime, a motivação e o tipo de arma utilizada.

Recentemente, o governador João Azevêdo concedeu um reajuste salarial de 11% para todas as corporações que integram a Segurança Pública da Paraíba, por meio de Medida Provisória publicada no Diário Oficial do Estado nesta sexta-feira (26 de
setembro). O aumento, que será retroativo ao dia 1º de setembro, será incorporado à folha de pagamento já na próxima semana. A medida contempla integrantes da Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Penal, Corpo de Bombeiros, além de agentes de trânsito e
socioeducativos, reforçando o reconhecimento e a valorização dos profissionais que atuam na linha de frente do combate à criminalidade no estado.

Ao se destacar nessa pasta, o estado abre portas para o avanço em outras plataformas. No próprio ranking do CLP, também se distingue em “Investimento” e em “Potencial de Mercado”, 6° e 7° lugar respectivamente. Todas essas informações evidenciam um caminho promissor para um estado historicamente marginalizado, mas cuja resiliência institucional tem mostrado que o empenho político e a tomada de decisão baseada em evidência, são capazes de promover políticas públicas eficazes que preservem e melhorem a qualidade de vida dos cidadãos.

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