Bebidas falsificadas: como a educação pode ajudar a combater esse risco à saúde pública

Diante dos recentes alertas sobre a circulação de bebidas alcoólicas falsificadas que representam um grave risco à saúde pública e risco maior se estiverem adulteradas com o metanol, o UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau João Pessoa destaca o papel fundamental da educação e da formação profissional no combate a essa ameaça. No Brasil, cerca de 209 casos suspeitos de intoxicação por metanol estão em investigação, sendo um deles na Paraíba.

O consumo de bebidas adulteradas pode levar a intoxicações severas, falência de órgãos, cegueira e, em casos extremos, à morte, devido à presença de substâncias tóxicas como o metanol. Para discutir essa urgência, professores e estudantes dos cursos de Farmácia, Biomedicina, Saúde e Direito da UNINASSAU analisam os impactos dessa prática criminosa.

“O que está em jogo é a vida do consumidor. Bebidas falsificadas podem conter substâncias extremamente tóxicas, muitas vezes indetectáveis pelo paladar ou pelo olfato. No caso do metanol, pequenas quantidades já são perigosas: cerca de 0,1 ml/kg podem causar toxicidade; em média, 10–15 ml/kg podem lesionar a visão e 30 ml/kg podem ser potencialmente fatais, variando conforme a concentração da bebida e o tempo até o atendimento. É crucial que a população reconheça sinais de alerta para evitar o consumo, como rótulos danificados ou com erros, inconsistências de impressão, lacres violados, ausência de lote e CNPJ, e preços muito abaixo do mercado. Na dúvida, não consuma, guarde a embalagem, registre o local de compra e acione a Vigilância Sanitária ou o Procon”, afirma Carol Araruna, coordenadora do curso de Farmácia e Biomedicina da UNINASSAU João Pessoa.

Pelo prisma jurídico, o professor de Direito da Instituição de Ensino Superior (IES), Luciano Honório, especialista em Direito do Consumidor, destaca que a falsificação de produtos, especialmente aqueles que afetam a saúde, é crime grave. “A legislação é rigorosa, mas a fiscalização precisa ser contínua e a conscientização, maciça. O consumidor lesado deve sempre buscar seus direitos e denunciar pela falsificação do produto na sua quantidade e qualidade e especificação. Tanto fabricante quanto vendedor se responsabilizam juridicamente pelo produto”, alerta.

A UNINASSAU reforça seu compromisso em capacitar profissionais aptos a atuar diretamente na solução desse problema. Os estudantes do curso de Farmácia e Biomedicina são treinados em técnicas avançadas de análise laboratorial e controle de qualidade, desenvolvendo a capacidade de identificar adulterações e contaminantes em produtos de consumo. Já o curso de Direito forma especialistas em legislação sanitária e do consumidor, preparando-os para atuar na fiscalização e na responsabilização judicial dos fraudadores.

“Acreditamos que a Universidade têm um papel ativo na segurança pública. Ao qualificar nossos alunos com o conhecimento técnico e ético necessário, estamos injetando profissionais capacitados para proteger a sociedade, seja no laboratório, no consultório ou no fórum”, conclui a Reitora da UNINASSAU João Pessoa, Erica Pacheco.

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