Queda global da Cloudflare expõe fragilidade da infraestrutura digital mundial, diz Alek Maracajá

 

Uma pane na Cloudflare, empresa que sustenta parte essencial do tráfego da internet, derrubou nesta terça feira serviços como X, ChatGPT, sites de notícias, plataformas corporativas e milhares de sistemas que dependem da rede global da companhia. O apagão digital durou horas e gerou instabilidade em todo o mundo.

Siga o canal do WSCOM no Whatsapp.

Para especialistas, o episódio evidencia um problema que se repete cada vez com mais frequência: a internet global se tornou concentrada demais em poucos provedores críticos.

“A internet está instável e altamente vulnerável”, afirma Alek Maracajá

O presidente da ABRADi PB professor da ESPM e CEO da Ativaweb, Alek Maracajá, comentou o episódio com firmeza:

“Quando uma única falha derruba plataformas globais ao mesmo tempo, fica claro que a infraestrutura digital não é robusta o suficiente. Estamos diante de um sistema altamente vulnerável, centralizado e com baixa capacidade de resiliência.”
Alek Maracajá

Segundo Maracajá, a queda da Cloudflare não é um evento isolado e sim parte de um padrão preocupante que vem marcando os últimos meses:
• CrowdStrike (19 julho 2024): erro de software travou milhões de computadores e afetou aeroportos bancos e hospitais.
• Starlink (24 julho 2025): pane afetou regiões inteiras e interrompeu conectividade.
• Apagão no Brasil (14 outubro 2025): sem energia o ecossistema digital colapsou junto.
• Cloudflare (18 novembro 2025): instabilidade global que atingiu serviços críticos simultaneamente.

Alek resume:

“Estamos vendo uma sequência de falhas que expõe a dependência extrema de poucos pontos de sustentação. E qualquer fragilidade nesses pontos vira um efeito cascata mundial.”

“O digital virou infraestrutura crítica mas o mundo ainda não age como tal”

Para o especialista, é urgente tratar a conectividade como um tema estratégico:

“O digital é hoje infraestrutura crítica no mesmo nível de energia e transporte. Não podemos continuar operando uma rede global tão concentrada sem planos de contingência sem redundância e sem arquitetura distribuída.”

Maracajá explica que a internet precisa evoluir para modelos mais resilientes com diversificação de provedores rota alternativa de tráfego autonomia regional e protocolos de proteção contra falhas internas.

“O problema não são apenas ataques externos. As maiores quedas recentes vieram de erros internos bugs de rotina panes de configuração. Esse é o risco mais perigoso: o colapso silencioso.”

A queda da Cloudflare coloca novamente no centro do debate a estabilidade do ecossistema digital mundial.
Para Alek Maracajá, o episódio deve servir como alerta global:

“Não é questão de se vai acontecer de novo mas quando e o que cada país empresa e instituição está fazendo para reduzir o impacto. A internet precisa ser forte o suficiente para falhar sem destruir tudo ao redor.”

Mais Posts

Tem certeza de que deseja desbloquear esta publicação?
Desbloquear esquerda : 0
Tem certeza de que deseja cancelar a assinatura?
Controle sua privacidade
Nosso site utiliza cookies para melhorar a navegação. Política de PrivacidadeTermos de Uso
Ir para o conteúdo