Trump reduz pela metade tarifas contra a China e fala em “reunião produtiva” com Xi Jinping

Decisão marca um gesto de distensão em meio à guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo

Donald Trump e Xi Jinping
Foto: Andrew Harnik/Getty Images

BRASIL 247 – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quinta-feira (30) a redução pela metade das tarifas impostas às importações provenientes da China. Segundo o mandatário, a medida está relacionada à política de combate à entrada de fentanil em território americano. As declarações foram dadas a bordo do avião presidencial Air Force One, durante a viagem de volta da cúpula do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC), realizada na cidade sul-coreana de Busan. As informações são da RT Brasil.

“Concordei em impor à China uma tarifa de 20% pela entrada do fentanil [nos EUA], que é uma tarifa alta, e com base nas declarações de hoje, reduzi-a em 10%”, afirmou Trump à imprensa. “Portanto, é 10% em vez de 20%”, completou o presidente, acrescentando que a decisão entra em vigor “imediatamente”.

Encontro entre Trump e Xi Jinping

Trump e o presidente chinês, Xi Jinping, se reuniram à margem da APEC em um momento de forte tensão econômica entre os dois países. O encontro, porém, terminou sem uma declaração conjunta. Apesar disso, Trump considerou a conversa extremamente produtiva. “Em uma escala de 0 a 10, a reunião foi de 12”, afirmou, sugerindo um tom de otimismo quanto à retomada do diálogo bilateral.

A reunião entre os líderes ocorre em meio a uma guerra comercial sem precedentes, marcada por tarifas e contratarifas sobre centenas de bilhões de dólares em produtos, afetando cadeias produtivas globais e os mercados financeiros.

Contexto econômico e diplomático

A decisão de reduzir as tarifas representa um gesto de distensão por parte de Washington, após meses de atrito comercial com Pequim. O fentanil — um opioide sintético responsável por dezenas de milhares de mortes por overdose nos Estados Unidos — tem sido um dos principais pontos de conflito diplomático entre as duas potências. Washington acusa Pequim de não controlar adequadamente a produção e o envio da substância.

O gesto de Trump pode sinalizar uma tentativa de reaproximação econômica, especialmente diante das pressões internas de empresários norte-americanos que enfrentam custos crescentes devido às tarifas. Ainda assim, a ausência de um comunicado conjunto na APEC revela que a relação entre os dois países continua marcada por desconfiança e competição estratégica.

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