Cícero nega envolvimento em investigações, lamenta “uso político” e diz confiar “na justiça”: “A verdade prevalecerá”

Prefeito de João Pessoa reagiu à abertura de inquérito na Polícia Federal e afirmou que é alvo de “interpretações distorcidas e maldosas” motivadas por interesse eleitoral

Cícero Lucena

O prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (MDB), afirmou nesta terça-feira (28) que confia “na verdade, na justiça e na transparência” ao comentar a abertura de um inquérito na Polícia Federal que investiga suspeitas de ligação entre sua campanha à reeleição, em 2024, e facções criminosas. A investigação foi solicitada pela Procuradoria Regional Eleitoral e autorizada pelo Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB).

Em nota, a defesa do prefeito classificou as informações como “um conjunto de ilações” e disse que há uma tentativa de “desgastar sua imagem por meio de interpretações distorcidas e maldosas”, especialmente no momento em que Cícero aparece liderando pesquisas eleitorais.

De acordo com o documento, o Tribunal Regional Eleitoral já havia decidido, em 11 de setembro, devolver um processo semelhante à 64ª Zona Eleitoral, reconhecendo que os atos atribuídos ao gestor estavam sendo analisados na Operação Território Livre, que apura fatos do segundo turno das eleições de 2022. “Assim, Cícero não integra o escopo investigativo da Operação Livre Arbítrio”, afirma a nota.

A assessoria ressaltou que a Operação Território Livre diz respeito a “supostos atos ocorridos em 2022, período em que Cícero Lucena não era candidato nem tinha parentes em disputa”, e que agentes públicos investigados “pertencem à esfera estadual”.

Segundo apuração do Portal MaisPB, o novo inquérito aberto pela Polícia Federal decorre de outra investigação, instaurada por determinação do juiz federal Bruno Teixeira de Paiva, ex-integrante do TRE. O magistrado acatou pedido do procurador Renan Paes, que considerou “juridicamente acertado” abrir uma apuração própria sobre a conduta do prefeito no pleito de 2024.

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O despacho de Bruno Teixeira autoriza a PF “a instaurar inquérito, sob supervisão do Tribunal Regional Eleitoral, para investigar a concorrência e/ou participação do Prefeito da Capital, Cícero Lucena Filho, nos crimes apurados neste inquérito, sem prejuízo à apuração de outros que venham a ser descobertos no curso da investigação”.

Segundo informações obtidas pelo portal, a Procuradoria Eleitoral apontou indícios de que Cícero teria se beneficiado de articulações entre sua campanha e integrantes de facções criminosas na capital, destacando que as negociações teriam sido conduzidas por sua esposa, a primeira-dama Lauremília Lucena, em troca de cargos e favorecimentos políticos.

Os promotores atribuíram ao prefeito o papel de “mandante e autor intelectual” das ações descritas, mas a própria Procuradoria reconheceu que, até o momento, “não existem elementos de prova suficientes para lastrear uma acusação formal”. Por isso, a PF terá 30 dias para aprofundar as investigações e concluir o inquérito antes de devolver o caso ao TRE, que decidirá se haverá denúncia ou arquivamento.

Na nota, Cícero reafirmou que sempre esteve “à disposição das autoridades para qualquer esclarecimento”, ressaltando que já enfrentou ataques semelhantes em outras campanhas e que “a verdade prevalecerá”. “Lamento o uso político e recorrente de informações distorcidas em períodos eleitorais e reitero minha serenidade e confiança na verdade”, afirmou o prefeito.

Confira a nota na íntegra:

Curiosamente, mais uma vez, quando o nome de Cícero Lucena aparece liderando pesquisas eleitorais, surgem tentativas de desgastar sua imagem por meio de interpretações distorcidas e maldosas.

Nesta terça-feira (28), uma publicação exibindo supostos documentos sob segredo de Justiça tenta induzir o leitor a acreditar em um conjunto de ilações, sem qualquer base concreta ou denúncia apresentada à Justiça Eleitoral.

A assessoria do prefeito e pré-candidato ao Governo da Paraíba em 2026 esclarece que o processo nº 0600222-50.2024.6.15.0070, vinculado à Operação Livre Arbítrio, não inclui Cícero Lucena entre os investigados.

Em decisão proferida em 11 de setembro de 2025, o Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB) acolheu parecer da Procuradoria Regional Eleitoral e determinou a devolução do inquérito à 64ª Zona Eleitoral, reconhecendo que os atos atribuídos ao prefeito já estavam sendo analisados no âmbito da Operação Território Livre. Assim, Cícero não integra o escopo investigativo da Operação Livre Arbítrio.

É importante destacar que a Operação Território Livre investiga supostos atos ocorridos no segundo turno das eleições de 2022, período em que Cícero Lucena não era candidato nem tinha parentes em disputa, tendo se limitado a apoiar as candidaturas do governador João Azevêdo e do vice-governador Lucas Ribeiro. Em tal operação há agentes públicos investigados, mas pertencem a esfera estadual.

Cícero Lucena reafirma que sempre esteve e continuará à disposição das autoridades para qualquer esclarecimento, por confiar na verdade, na justiça e na transparência de sua vida pública, se submetendo ao maior julgamento que um político pode passar – o processo eleitoral.

O prefeito lamenta ainda o uso político e recorrente de informações distorcidas em períodos eleitorais — prática já enfrentada em outras campanhas — e reitera sua serenidade e confiança de que, mais uma vez, a verdade prevalecerá, com a reafirmação de sua conduta ética e irrepreensível ao longo de toda sua trajetória.

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