O “Natal sem fome” do MBL, a natureza justa de buscar comida e os possíveis excessos a não justificar violência

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Ainda ecoa desde o sábado (17) os desdobramentos do fato registrado no Bancários, em João Pessoa, quando três militantes do Movimento Brasil Livre (MBL) foram detidos após o Supermercado BeMais ter chamado a Polícia Militar para conter manifestação.

O argumento do supermercado era de que havia invasão e incômodos aos clientes, enquanto os líderes do MBL contra-argumentavam estar apenas solicitando cestas básicas para a ação social “Natal sem fome” diante de famintos em seus bairros. A reação no caso foi diferente de outros supermercados também abordados pelo MBL acatando sem uso da PM.

Este é o resumo de um cenário que insiste existir em pleno século XXI a servir de comprovação do conflito de classes diante da miséria permanente em nossa sociedade a punir a parte mais frágil do processo.

No que possa ter havido de excesso, não se justifica uso de pimenta e algemas, conforme denuncia o MBL, porque antes do ato extremo mais recomendável seria resolver a situação com diálogo civilizado.

Ainda para complicar, o MBL argumenta que o BeMais mantém com alimentos o grupo de Bolsonaristas defronte ao Grupamento de Engenharia – o que em se confirmando revela contrassenso criminoso por incitar a contestação às regras eleitorais limpas.

Em síntese, a civilidade precisa imperar mesmo que com a consciência de que a barriga não espera e é preciso solidariedade para essa gente faminta. O BeMais diz apoiar ações sociais, mas bem poderia agir de noutra forma, mesmo que sua propriedade precise ser respeitada.

Agora, o MBL não pode ser criminalizado por agir em nome dos que mais precisam.

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