Através de relatórios o governo da Ucrânia informou que um homem chamado Denis Kireev teria sido morto durante uma tentativa de prisão após ele tornar-se suspeito de ser um espião russo infiltrado no Ministério da Defesa do país do leste europeu. A Diretoria-Chefe de Inteligência da Ucrânia disse no sábado que Kireev estava entre os três agentes mortos no cumprimento do dever. “Eles morreram protegendo a Ucrânia”, escreveu a agência de inteligência militar nas redes sociais, sem dar mais detalhes.
As notícias da morte de Kireev causaram alguma confusão depois que a mídia ucraniana informou inicialmente que o próprio serviço de segurança doméstica do país, o SBU, acreditava fortemente que Kireev era um espião e o matou durante uma aparente tentativa de prisão.
O jornal Ukrayinska Pravda citou fontes dizendo que os agentes da SBU tinham evidências “claras” de alta traição e grampearam o telefone de Kireev. No entanto, outros relatos alegaram que a SBU não estava envolvida na morte do homem e que alguém queria incriminar a agência. A SBU não se pronunciou sobre o assunto.
Kireev teria sido membro da equipe de negociação da Ucrânia durante as negociações de paz com a Rússia na Bielorrússia na segunda-feira. Embora ele não estivesse na lista oficial de negociadores divulgada por Kiev, a mídia ucraniana afirmou que ele foi fotografado sentado ao lado de outros negociadores à mesa com os russos.
Kireev foi descrito como um ex-financista e gestor de fundos de private equity, que no passado ocupou um cargo de alto nível no State Savings Bank of Ukraine.
A Rússia invadiu a Ucrânia na semana passada, argumentando que estava defendendo as Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk, que se separaram de Kiev logo após o golpe de 2014. Moscou disse que busca “desmilitarização e desnazificação” do país, sem dar detalhes, mas deixou claro que quer que a Ucrânia se torne oficialmente um país neutro, renunciando à sua tentativa de ingressar na Otan.
Kiev disse que o ataque foi totalmente espontâneo e pediu ajuda à comunidade internacional, acusando a Rússia de agressão. A próxima rodada de negociações de paz está marcada para segunda-feira (7).