Em assembleia realizada ontem (25), os servidores do Apoio do setor educacional de Campina Grande decidiram retomar a paralisação das atividades presenciais nas creches e escolas devido ao alto risco de contágio pela nova variante da Covid-19. Por maioria absoluta, a decisão foi motivada pela preservação da vida dos profissionais, enquanto se observa um alarmante índice de ocupação de leitos nas UTIs (71%) e enfermarias (88%).
A mesa de negociação que o Sintab abriu com o prefeito Bruno Cunha Lima, na reunião que aconteceu sexta-feira, dia 19, foi sinalizada pela gestão com a proposta de desenvolver um projeto de lei que garantisse a implementação da gratificação e insalubridade aos servidores do apoio. “Na reunião deixamos claro todos os pontos do pessoal de apoio. O objetivo é tentar reparar, corrigir prejuízos no nosso salário. O prejuízo financeiro é muito grande com o desconto de 14% no IPSEN”, disse Joselito Barbosa, diretor do Sintab, em assembleia.
De acordo com Napoleão Maracajá, diretor do Sintab, a mesa de negociação proposta pela prefeitura para a aprovação de um projeto de lei que garanta insalubridade e gratificação aos servidores do apoio não é factível. “Vocês estão trabalhando sem necessidade. Todo o serviço público está trabalhando de maneira remota. No executivo, no legislativo e judiciário. E por que vocês têm que ir para a escola? Varrer o chão para quem? Lavar o banheiro para quem? Lavar as panelas pra quê? Nada justifica a ida de vocês ao trabalho”, explicou Napoleão aos servidores.
“Não queremos ir para o ambiente de trabalho porque o nosso trajeto nos coloca em risco e também a nossa família. Queremos evitar a contaminação”, disse uma servidora que preferiu não se identificar.
A categoria do Apoio é formada por merendeiras, secretárias, auxiliar de serviços gerais, motoristas e porteiros.