A Professora Solange Nascimento, tia da vereadora Marielle, morta há dois anos no Rio de Janeiro, junto ao seu motorista Anderson, afirmou que acontecerá, em todo o país, uma mobilização contra a federalização do caso, para que a investigação não seja entregue à Polícia Federal do Rio de Janeiro, votação que acontecerá no Supremo Tribunal de Justiça (STJ), na próxima quarta-feira, dia 27 de maio.
Segundo ela, nas últimas semanas, denúncias apontaram indícios concretos de que o presidente da República tentou interferir na Polícia Federal do Rio de Janeiro para blindar sua família de investigações. Já nas últimas 48 horas, surgiu a notícia de que Flávio Bolsonaro recebeu informações privilegiadas da Polícia Federal para alertar o deputado sobre a investigação de esquema de corrupção em seu gabinete.
É nesse cenário que, na quarta que vem, dia 27 de maio, o STJ vai votar se o caso Marielle e Anderson vai passar a ser investigado pela Polícia Federal.
A família cita que já são dois anos sem respostas, em uma luta longa, dura e dolorosa pra tentar saber quem mandou matar Marielle e por quê. “Como não bastasse todo o esforço, estão tentando fazer com que a investigação do caso fique ainda mais distante de ser concluída”, disse.
“Por isso, o Instituto Marielle Franco, dirigido pela família de Marielle, as companheiras de Marielle e Anderson, Monica Benício e Agatha Reis, e a Coalizão Negra por Direitos, com mais de 150 movimentos e organizações negras, com o apoio de dezenas de organizações da sociedade civil lançaram uma mobilização contra a federalização!”, afirma.
Segundo Solange Nascimento, é preciso mostrar que somos milhares de pessoas que não confiam na federalização do caso. https://www.federalizacaonao.org/
Escrito por: Edney Oliveira
