OPINIÃO: Walter Santos diz que Moro deixa no ar “coisa estranha” às vésperas de votação da Calvário no STJ

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Presença de Moro às vésperas do julgamento da Calvário no STJ intui  “coisa estranha”; Estado Democrático de Direito não comporta isso

A Paraíba tomou um susto nesta segunda-feira pela manhã ao identificar um fato superveniente que foi a presença do Ministro da Justiça, Sérgio Moro, em reuniões com a Polícia Federal local e o Ministério Público Estadual deixando transpirar como saldo o reforço ao trabalho do GAECO.

Foi mais além ao deixar transparecer que “devia” sua vinda à Paraiba para prestar homenagens à PF paraibana e se foi. Detalhe: a agenda oficial no ministério não previa sua vinda e sequer escalões secundários da PF souberam da vinda inesperada.

O QUE FICA NO AR

O histórico do Ministro não deixa dúvidas de que ele é quem conduz pessoalmente as operações. Se era como juiz da Lava Jato, imagine agora como ministro. Ele só não encontra tempo e forma de resolver o caso Queiroz, Mariele e, agora, do miliciano Adriano, morto na Bahia.

Mas, sua vinda a João Pessoa intui muitos outros assuntos de bastidores mais do que o reconhecimento ao GAECO muito prestigiado porque o contexto do tempo presente lembra que Moro esteve exatamente na véspera da decisão pelo STJ da soltura de envolvidos na Operação Calvário, a partir do ex-governador Ricardo Coutinho,  também alvo da extrema direita.

OUTRO SUSPENSE

Uma autoridade do nível de ministro não pode, em tese, deixar de visitar o governador do Estado, João Azevedo, que não o fez, nem ao presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Márcio Murilo, exatamente de sua área. Tudo ficou meio Dalton, assim muito estranho.

O que estaria como mote da viagem inusitada construindo impressões de enfrentamento e/ou provocação desnecessário nestes tempos em que o Estado Democrático de Direito precisa rigorosamente de ser preservado? Não cabe na vida nacional a politização juridica de processos de forma continuada a nutrir torcida de setores apoiadores do “status quo” extremista prevendo catástrofes jurídicas.

SINTESE

A intenção e/ou pressão a partir da base  paraibana dialogando com Brasilia não é exemplo recomendável nos tempos republicanos de valores definhando. A Lei precisa ser respeitada por todos, em especial por quem tem o dever de preservá-la.

Enfim, nesta terça feira saberemos exatamente qual a missão implícita do Ministro à Paraiba.

A LIÇÃO DE MARIZ

Quando lider politico, o ex-governador, ex-senador, ex-deputado federal e ex-prefeito de Sousa repetia aos quatro cantos:

– Quando você passar por uma estrada e ver um jabuti trepado numa estaca, não mexa nele porque alguém o colocou lá, até porque jabuti não sobe em estaca.

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