Por Walter Santos
Portal WSCOM
A palavra da Fé e consciência cristã do Papa pela Amazônia e a interferência neopentecostal na eleição Tutelar
Domingo, 6 de outubro de 2019. Esta é uma data para ficar na história e memória de todos, cristãos ou não, porque assinala um momento marcante conduzido pelo Papa Francisco em torno de um tema relevante para a humanidade, que é a importância fundamental de zelarmos mais e melhor pela Amazônia, ultimamente incendiada pela usura avalizada pelo presidente Bolsonaro.
Quem logo cedo me instigou à reflexão foi o conceituado médico urologista (nascido no bairro da Torre), de nome Walter Paiva, além de tudo um cristão atento com sua aldeia local ou global.
Neste domingo de Sínodo da Igreja Católica no Vaticano em favor dos povos e da Amazônia, sempre precisando referenciarmos aos indígenas, temos também a oportunidade de votarmos nos Conselhos Tutelares em todo Brasil – agora sob a mira de neopentecostais, buscando interferir em conceitos sobre a realidade de crianças e adolescentes.
É um absurdo constatarmos a intenção política de setores evangélicos de querer impor conceitos retrógrados na formação de nossas crianças e adolescentes, mesmo que precisemos admitir o direito constitucional deles disputarem as vagas dos Conselhos.
A PALAVRA AMOR NA VIDA
Leitor assíduo do Vaticano, Walter Paiva trouxe informes sobre a homilia do Papa neste domingo, onde ele enfatizou que “São Paulo lembra-nos que o dom deve ser reaceso. O verbo usado é fascinante: reacender é, literalmente, ‘dar vida a uma fogueira’”, explicou o Papa como no episódio da sarça ardente, arde mas não consome).
A GANÂNCIA DO COLONIALISMO
O Papa, por fim, vai direto ao assunto apontando a existência de interesses econômicos e financeiros em busca de consolidar novo colonialismo invasor de terras indígenas em busca apenas de lucro e contribuindo para a desgraça do globo.
O Papa deixou claro na homilia:
“O fogo causado por interesses destrutivos, que devastaram a Amazônia, não vem do Evangelho”, disse o papa aos religiosos de nove países da região amazônica. O fogo de Deus é calor que atrai e congrega em unidade. Alimenta-se com a partilha, não com os lucros.” Segundo ele, “esse fogo devastador se alastra quando a intenção é apenas defender ideias próprias, constituir um grupo e queimar a diversidade para uniformizar tudo e todos”, criticou o pontífice”.
Ainda bem que a Igreja Católica despertou para a nova consciência evangelizadora em favor de todos os povos.
Escrito por: Edney Oliveira