Paraíba é o terceiro estado do Brasil com o maior número de mortes de mães

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 Quase 60% dos partos realizados na Paraíba são feitos nas cidades de João Pessoa e Campina Grande. Dos 223 municípios paraibanos, 116 não realizam este procedimento e a grande maioria das mulheres do interior do Estado tem sido encaminhadas para o Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (ISEA), em Campina Grande. Esses dados fazem parte de um estudo realizado pelo Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB), coordenado pelo vice-presidente do órgão, o obstetra Antônio Henriques.

 “Esta concentração de maternidades e profissionais nas duas maiores cidades do Estado causa superlotação e problemas graves na assistência às mães e seus bebês”, destaca o médico. De acordo com o “Observatório da Criança”, publicado pela Fundação Abrinq, em abril deste ano, a Paraíba é o terceiro estado do Brasil com o maior número de mortes de mães: a cada 100 mil partos de nascidos vivos, há 87,4 óbitos. O estado está distante da meta de 35 óbitos estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU).

 Para discutir este problema,o CRM-PB vai realizar uma audiência pública, na próxima quarta-feira (5), às 14h, na delegacia do Conselho em Campina Grande, com representantes do poderes públicos. Além de debater estes dados, a sessão vai propor uma nova maternidade pública em Campina Grande.

  Segundo o vice-presidente do CRM-PB, o problema se torna mais grave em Campina Grande por concentrar pacientes vindas do interior paraibano e ainda de estados vizinhos. Além disso, a cidade conta apenas com uma maternidade pública, o ISEA. “Há uma estrutura hospitalar insuficiente no interior do estado, com equipes incompletas para a assistência obstétrica. Também houve fechamento de leitos obstétricos nos municípios de pequeno e médio porte. Tudo isso vem contribuindo para o agravamento do problema”, explicou.

 Ele acrescentou que Campina Grande precisa urgentemente de outra maternidade pública para que as pacientes possam ser atendidas adequadamente e sem riscos. “Vivemos um problema sério. Apenas uma maternidade pública não é suficiente, não há como atender. Por mais que se reforme, adapte, adeque, jamais teremos condições de abarcar toda essa população que vem para Campina Grande”, disse.

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