
Hoje, quando se prepara para cruzar a Sapucaí na segunda-feira, segundo dia de desfiles do Grupo Especial, à frente da bateria comandada pelo Mestre Ciça, ela reflete: “Ser rainha, muito mais que um posto, é uma responsabilidade. Significa mostrar a verdadeira batida do coração da escola”. Em 2017, Gracyanne trocou o período momesco por trabalhos em Dubai: “Depois de muito tempo, foi a minha primeira vez longe do carnaval. Senti uma tristeza grande, mesmo acompanhando tudo pela internet. Mas foi importante para o meu crescimento profissional no exterior”, relativiza.

O corpo mais que sarado já foi alvo de muito preconceito. “A maioria das rainhas são mais magras ou menos fortes, por isso sempre fazem comparações. Mas continuo aqui para mostrar que mulheres musculosas podem fazer tudo o que quiserem”, dispara: “Existe beleza em todas as pessoas, até porque o brilho vem de dentro de você”.

E nem adianta querer entrar nas redes de Gracyanne para criticar seu modo de vida. “Costumo me alimentar somente daquilo que me faz bem. A minha resposta para essas pessoas vem através do meu dia a dia, mostrando que malhar faz bem pro corpo, alma e mente”, avisa. E por falar nisso, no período pré-carnavalesco seu treino ganha o reforço de exercícios cardio para poder ganhar mais resistência.

Quando entrar em cena no dia do desfile, a felicidade promete ser a mesma de quando acompanhava aquele mundo de brilho através da TV de 20 polegadas na casa em que morava em Campo Grande. “A primeira vez que vi uma escola de samba, senti algo mágico e encantador. Ficava imaginando como seria pessoalmente. Já amava tudo aquilo antes mesmo de poder conhecer. Para mim, sempre pareceu algo muito distante”, revela: “Até hoje, vivo um sonho”.
