Homens armados fizeram dois ataques simultâneos em Teerã, capital do Irã, na manhã desta quarta-feira (7). No Parlamento iraniano, sete pessoas foram mortas e quatro são mantidas reféns, segundo a agência iraniana Tasnim. Várias pessoas também ficaram feridas outras no Mausoléu do Aiatolá Khomeini. O Estado Islâmico reivindicou as ações.
Informações preliminares dão conta de que cerca de quatro homens armados com rifles Kalashnikov invadiram o prédio por volta das 10h no horário local (3h, no horário de Brasília), quando era realizada uma sessão. O ministro do interior iraniano afirmou que os terroristas estavam com roupas femininas e usaram a entrada principal para ter acesso ao prédio.
Os terroristas dispararam contra os seguranças. A agência Tasnim relata que sete pessoas morreram e várias ficaram feridas. Um dos agressores morreu após detonar explosivos. Quatro pessoas são mantidas reféns nos andares mais altos do edifício. O grupo radical islâmico informou que o ataque no Parlamento ainda está em andamento.
Mausoléu
Já no mausoléu do Aiatolá Khomeini, a cerca de 25 km ao sul de Teerã, um atirador disparou contra várias pessoas, segundo informações da rede de televisão “Irin” e da agência de notícias “Fars”. Há feridos, mas o número não foi informado. Também há suspeita de que um homem-bomba teria explodido no local.
De acordo com a Globonews, o governo iraniano informou que um terceiro grupo planejava fazer um outro ataque, mas foram contidos pelas forças de segurança locais. Não informações sobre o local que eles atacariam ou quantas pessoas foram detidas.
Locais simbólicos
Essa é a primeira vez o Estado Islâmico, que é um grupo sunita, reivindica um ação no Irã, que é um país de maioria xiita, de acordo com a Associated Press. O grupo extremista sunita está em guerra com as forças apoiadas pelo Irã na Síria e no Iraque.
A escolha dos locais de ataque é simbólica, na análise da rede americana CNN. O parlamento do Irã, também chamado de Assembleia Consultiva Islâmica, tem 290 membros – entre eles estão representantes de minorias religiosas, como cristãos e judeus.
Já o ataque ao mausoléu visava o túmulo de Aiatolá Khomeini, que é o fundador da república fundamentalista islâmica. Em 1979, Khomeini volta ao Irã, após 15 anos de exílio, e lidera a revolução que derrubou o regime pró-ocidente do xá Reza Pahlevi.
