A colunista de Meio Ambiente do Portal WSCOM, Andréa Bezerra, falou em nova coluna nesta quarta-feira (24), sobre a aprovação das Medidas Provisórias 756 e 758, que propõem o rebaixamento das categorias de proteção de Áreas de Conservação do Pará.
Segundo Andréa, “as Medidas Provisórias alteram os limites atuais: do Parque Nacional (PARNA) do Rio Novo, localizado nos municípios de Itaituba e Novo Progresso, e da Floresta Nacional (FLONA) do Jamanxim, localizada no município de Novo Progresso, criados por Decreto, em 2006. Também criam a Área de Proteção Ambiental (APA) Segundo as MPs, as áreas rurais ocupadas e incidentes na área da APA poderão ser regularizadas.”
Leia o artigo na íntegra:
MPs
Foram aprovadas ontem (23), no Senado Federal, as Medidas Provisórias 756 e 758, que propõem o rebaixamento das categorias de proteção de Áreas de Conservação do Pará. As medidas seguem para sanção presidencial e favorecem à legalização fundiária de latifúndios irregulares, viabilizam a exploração de áreas florestais e abrem um precedente para outros estados do Bioma Amazônico.
As Medidas Provisórias alteram os limites atuais: do Parque Nacional (PARNA) do Rio Novo, localizado nos municípios de Itaituba e Novo Progresso, e da Floresta Nacional (FLONA) do Jamanxim, localizada no município de Novo Progresso, criados por Decreto, em 2006. Também criam a Área de Proteção Ambiental (APA) Segundo as MPs, as áreas rurais ocupadas e incidentes na área da APA poderão ser regularizadas.
O Brasil, apesar de ser uma potência ambiental, desenvolve um modelo econômico de produção agrícola baseado em sistemas de monocultura, que desmatam, empobrecem o solo, a diversidade, provocam efeito estufa e mudanças climáticas.
As florestas remanescentes regulam o clima planetário, produzem chuvas, diversidade genética, recursos necessários para prevenção de doenças e riquezas não-monetizáveis. A maior floresta do planeta é a Amazônica, localizada majoritariamente no Brasil, com usufruto de alguns poucos “donos” de terra que não a zelam, possuem apenas uma visão econômica imediatista.
A monocultura do desmatamento e dos agrotóxicos, pode ser substituída pela policultura agroflorestal, que usa a combinação da agricultura, pecuária e floresta, adubação verde, orgânica e plantio direto, com rotação de culturas e sistemas de irrigação do tipo gotejamento.
O desafio da sustentabilidade é concretizar a ética ambiental em políticas públicas institucionalizadas que priorizem a saúde humana e do planeta.

