‘Dilma Bolada’ recebeu R$ 200 mil, diz delatora

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Em delação premiada, a publicitária Mônica Moura disse que ela e o marido, João Santana, pagaram R$ 200 mil ao ator Jefferson Monteiro, que interpreta o personagem Dilma Bolada nas redes sociais, na campanha eleitoral de 2014. O dinheiro teria sido pago a pedido do coordenador da campanha, Edinho Silva, sob o argumento de que o trabalho do ator era vantajoso para a imagem da então presidente.

“As condutas de Mônica Moura e João Santana prestar favores pessoais ocorreram no contexto da relação espúria mantida pelos publicitários com campanhas vinculados ao Partido dos Trabalhadores, em especial da então Presidente Dilma Rousseff”, afirmou o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em petição enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF).

A pedido de Janot, o ministro Edson Fachin, relator da Lava-Jato no STF, enviou os indícios para o Ministério Público Federal no Paraná. Os procuradores vão avaliar se pedem abertura de inquérito contra Dilma para investigar o episódio na 13 a Vara Federal no estado, comandada pelo juiz Sérgio Moro.

Segundo a petição de Janot, Monica disse em depoimento que foi chamada para uma reunião no comitê político do PT em 2014. Lá, ouviu de Edinho o pedido para que ela e o marido arcassem com uma dívida de R$ 400 mil que o comitê tinha com Jefferson Monteiro, “para evitar a interrupção das postagens, consideradas favoráveis à imagem de Dilma Rousseff”. Monica contou que pagou a metade. A outra metade teria sido paga por Daniele Fonteles, dona da da empresa Pepper, que trabalhava com o marketing da campanha nas mídias sociais.

“Mônica Moura esclareceu que esses serviços foram custeados por ela a título de cortesia a uma cliente relevante. Ante a possibilidade de a empresa participar da campanha de Dilma em 2014 mostrava-se interessante o pagamento destes favores pessoais à então Presidente da República”, diz o procurador na petição enviada ao STF.

A mesma petição trata de outros favores pessoais feitos pelo casal de marqueteiros a Dilma. Em delação premiada, Mônica diz que, ao longo de 2010, pagou R$ 4 mil por mês a uma ajudante particular de Dilma chamada Rose, identificada como cabeleireira e camareira pessoal. O pedido para fazer o pagamento teria vindo de Anderson Dornelles, que era assessor de Dilma. Os pagamentos teriam perdurado para depois da campanha, quando Dilma já era presidente da República.

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