O analista político e multimídia, Walter Santos, analisou em seu Blog, a decisão dos prefeitos Luciano Cartaxo (PSD) e Romero Rodrigues (PSDB) de aumentarem as tarifas nas cidades de João Pessoa e Campina Grande, respectivamente para R$ 3,00 e R$ 2,75. Fugindo do senso comum sobre o assunto, WS contextualizou o tema com a cidade de Natal, cujo o não reajuste das tarifas fez com que algumas empresas de transporte coletivo quebrassem.
Confira:
A difícil decisão de encarar o Inevitável
Por Walter Santos
Os prefeitos Luciano a Cartaxo e Romero Rodrigues tomaram uma decisão nas últimas horas que, como é sabido, reajustaram o preço da passagem do transporte coletivo num momento difícil da conjuntura.
Este é um assunto sempre indigesto, mas na vida não se convive apenas com temas e fatos agradáveis posto que a realidade nua e crua nos remete a ter de tomar decisões para impedir o pior.
A questão do transporte público é sempre polêmica porque no imaginário coletivo se transformou na “Geni” – personagem famosa de uma das grandes canções de Chico Buarque – porque os setores populares organizados, em especial os estudantes tratam assim.
O CASO DE NATAL
Por força de ações permanentes fora do Estado em face da Revista NORDESTE, temos acompanhado a situação de Natal onde a realidade do transporte público é muito problemática porque a Prefeitura local prefere o proselitismo político não revendo sazonalmente os custos da manutenção das frutas, resultado: várias empresas quebraram exatamente porque não tiveram condições de arcar com o serviço sem o reajuste indispensável.
CASO PARAÍBA
Ao longo do tempo, temos acompanhado os bastidores dos transportes em João Pessoa, sobretudo, onde há casos de empresas que se não houvesse o reajuste da passagem iriam entrar em fase pre-falimentar, ou seja entrariam em tempo de quebradeira – o que provocaria alto índice de desemprego.
Trocando em miúdos, Luciano Cartaxo e Romero Rodrigues agiram como gestores responsáveis e desprovidos do falso encanto proselitista de fazer onda com chapéu alheio ainda em tempo de evitar o fim de algumas empresas do setor.
É provável que até enfrentem reação dos segmentos organizados, entretanto gestor de responsabilidade não pode ignorar a dura realidade conjuntural para evitar o pior, que são o desemprego e o fechamento de empresas.
Como se diz lá na Torre, coragem, coerência e sabedoria são elementos para poucos.


