Morreu neste domingo (20) um bebê britânico cujo nascimento havia sido adiantado pelos médicos para que sua mãe começasse uma tratamento contra o câncer. O caso teve grande repercussão na Grã-Bretanha pois a mãe inicialmente se recusou ao tratamento, para tentar salvar a filha.
Em setembro, a policial britânica Heidi Loughlin, de 33 anos, estava na 13ª semana de gravidez do terceiro filho quando foi diagnosticada com uma forma rara e agressiva de câncer de mama.
Loughlin vive em Bristol, no sudoeste da Inglaterra, e ainda amamentava o filho de um ano — o outro tem dois anos.
Os médicos deram a ela a opção de fazer um aborto e iniciar uma quimioterapia intensiva, alertando que Loughlin poderia morrer se adiasse o tratamento.
Mas ela decidiu seguir com a gravidez e começar um tratamento mais brando. O objetivo era se manter viva e, ao mesmo tempo, não prejudicar o desenvolvimento do bebê.
A quimioterapia mais branda, entretanto, não rendeu os resultados esperados e os médicos concluíram que o risco para a saúde de Loughlin era tão alto que ela precisaria adiantar o nascimento do bebê em pelo menos 12 semanas.
— Me disseram que eu realmente precisava começar com o herceptin (remédio indicado para casos de câncer como o dela) agora.
Os médicos afirmam que este medicamento não pode ser administrado à paciente durante a gravidez, pois pode matar o bebê.
— Ninguém nunca quer ficar nesta posição e todas as opções são horríveis mas eu preciso estar aqui para todos os meus filhos.
O bebê, uma menina, nasceu no dia 11 de dezembro —12 semanas antes do previsto, e morreu neste sábado (19).
Loughlin escreveu um poema em seu blog:
— Na tarde de ontem nossos corações se partiram em dois quando tivemos que dizer adeus para você.