O advogado Caius Marcellus anunciou, nas redes sociais, o rompimento com o candidato da oposição à presidência da OAB-PB, Paulo Maia. O rompimento fortalece ainda mais o candidato da situação, conselheiro federal Carlos Frederico Nóbrega Farias.
Caius Marcellus lançou a Carta aos Advogados Paraibanos explicando os motivos do rompimento. Na Carta, ele argumenta incoerência dos apoiadores da oposição que fizeram e ainda fazem parte da atual gestão que passaram a combater há alguns meses.
O advogado ainda alegou “quebra injustificada de compromissos assumidos e anunciados, aliada ao fato de não haver homogeneidade na composição que estava sendo desenhada”, como também a “não apresentação de propostas claras para a categoria”.
“Registramos publicamente a frustração da nossa expectativa inicial com a unificação das chapas dissidentes da situação, auto-intituladas oposicionistas, mormente pela resistência na renovação das ideias e pela descoberta da aplicação de métodos retrógrados e ultrapassados de fazer política isando mais o interesse pessoal do que a defesa da classe e a liderança dos movimentos sociais relevantes”.
Ao final, o advogado não anuncia candidatura própria nem apoio a outro candidato, mas avisa que ficará vigilante ao que for proposto na campanha pelos candidatos “para exigirmos da chapa vencedora o rigoroso cumprimento de tudo o que vier a ser prometido”.
Confira o teor da Carta
CARTA AOS ADVOGADOS PARAIBANOS
Em respeito aos colegas advogados do nosso estado, comunico publicamente a decisão tomada pelos componentes do grupo “A ORDEM É DO ADVOGADO”, que liderou o movimento oposicionista na última eleição da OAB/PB em 2012, de não participar como aliados ou integrar a chapa do candidato Paulo Maia, recusando convite recebido.
A quebra injustificada de compromissos assumidos e anunciados motivou a deliberação, aliada ao fato de não haver homogeneidade na composição que estava sendo desenhada nem apresentação de propostas claras e concretas para a categoria, principalmente por parte daqueles que de alguma forma participaram ou ainda continuam participando da gestão que nos últimos meses passou a combater, e lá estando, não realizaram o que agora passarão a prometer.
Registramos publicamente a frustração da nossa expectativa inicial com a unificação das chapas dissidentes da situação, auto-intituladas oposicionistas, mormente pela resistência na renovação das ideias e pela descoberta da aplicação de métodos retrógrados e ultrapassados de fazer política visando mais o interesse pessoal do que a defesa da classe e a liderança dos movimentos sociais relevantes. A impossibilidade, pela falta de apoio ou estímulo, de realizarmos minimamente o que pretendíamos para a advocacia, integrando a nova equipe, foi outro fator preponderante para não contrariarmos as nossas consciências, participando do processo apenas para figurar.
Por derradeiro, reiteramos o nosso compromisso com a mudança verdadeira, e não apenas retórica, com a valorização do advogado e com a melhoria das condições de trabalho dos profissionais que sofrem com o descaso da entidade, sendo firmes no propósito de ficarmos atentos e vigilantes ao que for proposto na campanha pelos candidatos, para exigirmos da chapa vencedora o rigoroso cumprimento de tudo o que vier a ser prometido.
Caius Marcellus Lacerda
 
			        

