{arquivo}A Comunidade São Paulo Apóstolo, no conjunto Funcionários III, em João Pessoa, inicia nesta quinta-feira (26) a festa do seu padroeiro. Serão quatro dias de muita devoção, fé e religiosidade. A festa será aberta as 19h30 com a participação da comunidade local e convidados.
De acordo com a programação, na sexta e no sábado, o horário das celebrações será a sempre as 19h30 e no domingo, (29), quando acontecerá o encerramento da festa, a programação começa as 16h30 com a procissão e logo em seguida a missa solene na capela a ser celebrada pelo padre Edilson Figueiredo, missionário diocesano e pároco da Matriz Senhora Santana. A festa vai contar com a participação de todas as pastorais, grupos e comunidades da Paróquia Santana.
Padre Figueiredo aproveitou o momento para saudar a todos àqueles que têm os santos padroeiros como seus intercessores. Figueiredo explica que ser padroeiro é ser pai ou mãe de uma comunidade paroquial, ou de uma Igreja matriz. ‘ Quando celebramos a festa do nosso padroeiro, celebramos ação de graças a Deus, não é uma adoração a um santo, e sim, uma veneração aos Santos, um momento de respeito a uma pessoa que durante sua vida, deixou governar-se por Cristo, e por isso dedicou-se aos pobres na caridade. Celebrar a festa de um padroeiro, é vivenciar a presença de Deus na humanidade, e na comunidade”, explicou.
Sobre o padroeiro – Paulo nasceu entre o ano 5 e 10 da era cristã, em Tarso, capital da Cilícia, na Ásia Menor, cidade aberta às influências culturais e às trocas comerciais entre o Oriente e o Ocidente. Descende de uma família de judeus da diáspora, pertencente à tribo de Benjamim, que observava rigorosamente a religião dos seus pais, sem recusar os contactos com a vida e a cultura do Império Romano.
Os pais deram-lhe o nome de Saul (nome do primeiro rei dos judeus) e o apelido Paulo. O nome Saul passou para Saulo porque assim era este nome em grego. Mais tarde, a partir da sua primeira viagem missionária no mundo greco-romano, Paulo usa exclusivamente o sobrenome latino Paulus.
Recebeu a sua primeira educação religiosa em Tarso tendo por base o Pentateuco e a lei de Moisés. A partir do ano 25 d.C. vai para Jerusalém onde frequenta as aulas de Gamaliel, mestre de grande prestígio, aprofundando com ele o conhecimento do Pentateuco escrito e oral.
Aprende a falar e a escrever aramaico, hebraico, grego e latim. Pode falar publicamente em grego ao tribuno romano, em hebraico à multidão em Jerusalém (Act 21,37.40) e catequizar hebreus, gregos e romanos.
Paulo é chamado “o Apóstolo” por ter sido o maior anunciador do cristianismo depois de Cristo. Entre as grandes figuras do cristianismo nascente, a seguir a Cristo, Paulo é de facto a personalidade mais importante que conhecemos. É uma das pessoas mais interessantes e modernas de toda a literatura grega, e a sua Carta aos Coríntios é das obras mais significativas da humanidade.
Escreveu 13 cartas às igrejas por ele fundadas: cartas grandes: duas aos tessalonicenses; duas aos coríntios; aos gálatas; aos romanos. Da prisão: aos filipenses; bilhete a Filémon; aos colossenses; aos efésios. Pastorais: duas a Timóteo e uma a Tito.
Quando estava preso em Cesareia, Paulo apela para César e o governador Festo envia-o para Roma, aonde chegou na Primavera do ano 61. Viveu dois anos em Roma em prisão domiciliária. Sofreu o martírio no ano 67, no final do reinado de Nero, na Via Ostiense, a 5 quilómetros dos muros de Roma.
A conversão de São Paulo é uma das mais importantes da história da Igreja. Mostra o poder da graça divina, capaz de transformar Saulo, perseguidor da Igreja, no “Apóstolo Paulo” por excelência, que tem a iniciativa da evangelização dos pagãos. Ele próprio confessa, por diversas vezes, que foi perseguidor implacável das primeiras comunidades cristãs. Por causa disso atribui a si mesmo o título de “o menor entre os Apóstolos” e ainda, de “indigno de ser chamado Apóstolo”. Mas Deus, que conhecia a sua retidão, tornou-o testemunha da morte de Santo Estevão, cena descrita nos Atos dos Apóstolos. A visão de Estevão apontando para os céus abertos e Cristo, aí reinando, domina a vida toda de Paulo, o grande missionário do Cristianismo.