Regiões separatistas declaram independência em relação à Ucrânia

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Após anunciaram os resultados dos seus respectivos referendos, as regiões administrativas de Donetsk e Lugansk, no leste da Ucrânia, proclamaram, nesta segunda-feira (12) suas independências em relação a Kiev.

As declarações de independência são os mais novos episódios da crise na Ucrânia que se arrasta desde o início deste ano e recebeu críticas da maior parte das potências ocidentais.
Em Donetsk, a declaração de independência foi feita pelo autodenominado governo provisório de Donetsk. Em entrevista coletiva, o ‘copresidente’ da autoproclamada ‘República Popular de Donetsk’, Denis Pushilin, pediu ao governo russo que considere anexação da região à Federação Russa, a exemplo do que ocorreu com a Crimeia, em março.

“Nós, o povo da República Popular de Donetsk, de acordo com os resultados do referendo realizado em 11 de maio de 2014 e em virtude da declaração de soberania da RPD, declaramos que ela constitui um Estado soberano”, diz a proclamação, lida por Pushilin.
“De acordo com a vontade manifestada pelo povo e para restabelecer a justiça histórica, pedimos à Federação Russa que examine a questão da integração da República Popular de Donetsk no seio da Federação Russa”, acrescentou.

Em Lugansk, também situada no leste da Ucrânia, a declaração de independência veio depois da divulgação do resultado do referendo que, segundo os militantes pró-Rússia, teve 96% de aprovação para a separação da região em relação ao governo central do país.

O resultado dos referendos e das proclamações de independência das duas regiões ucranianas, situadas nas áreas mais industrializadas e ricas do país, foi recebido com forte rejeição pelos líderes das grandes potências ocidentais.

Na Alemanha, a chanceler Angela Merkel alertou a Rússia sobre novas sanções econômicas. A Rússia é acusada de fomentar a crise desde quando teria suposta enviado tropas para ocupar a região da Crimeia.

Nesta segunda-feira (12), um diplomata da União Europeia anunciou a imposição de sanções a 13 pessoas ligadas ao regime russo e às milícias separatistas. As sanções também atingiriam duas entidades situadas na Crimeia.

O ministro de relações exteriores do Reino Unido, Willian Hague, foi enfático ao rejeitar o anúncio feito pelos separatistas.
“Eles são ilegais segundo todos os padrões. Eles não atendem nenhum padrão, nenhum único parâmetro de objetividade, transparência, justiça ou mesmo de terem sido conduzidos apropriadamente”, criticou Hague.

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