{arquivo}A superintendência da Polícia Federal vai conceder entrevista coletiva daqui a pouco para detalhar a Operação Astringere deflagrada na manhã desta quinta-feira, 18, em João Pessoa.
As primeiras informações dão conta que equipes da Polícia Federal já prenderam envolvidos nos crimes de formação de quadrilha, corrupção, apropriação indébita, fraude processual entre outros ilícitos. Pelo menos um magistrado do 2º Juizado Especial Misto de Mangabeira, policiais, servidores públicos, advogados e particulares foram investigados pela operação.
A Operação Astringere foi deflagrada com o envolvimento de mais de cem policiais federais, inclusive de outros estados, dentre eles o GPI de Pernambuco (Grupo de Pronta Intervenção da Polícia Federal), para cumprirem os 16 mandados de busca e apreensão que ocorreram no 2º Juizado Especial Misto de Mangabeira, na Turma Recursal do Fórum Cível Mario Moacyr Porto, em escritórios de advocacia e na residência dos envolvidos.
A investigação realizada pela PF, juntamente com o trabalho da Corregedoria do TJPB, demonstrou a existência de uma organização criminosa que, com a participação de um magistrado, atuava mediante os mais diversos tipos de fraude. Foi constatada a existência de uma verdadeira usina de astreintes, uma multa processual que tem a finalidade de incentivar o cumprimento de decisão judicial que estabelece uma obrigação de fazer ou não fazer, que era aplicada irregularmente para enriquecer investigados.
A quadrilha atuava com a montagem e falsificação de documentação necessária à judicialização das demandas, manipulação dos atos processuais, imprimindo ritmo e rito diferenciado aos integrantes do grupo criminoso, apropriação de valores de astreintes, intimidação das pessoas que tiveram seus valores apropriados pela organização, e a confecção de dossiês contra diversas autoridades.
