A Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) concedeu o título de cidadão paraibano ao diretor, produtor e roteirista Kleber Mendonça Filho. A lei, de autoria do deputado estadual Chió (Rede), foi publicada na edição desta terça-feira (25) do Diário Oficial do Estado. O reconhecimento destaca sua contribuição ao cinema brasileiro e o apoio oferecido a artistas e técnicos paraibanos ao longo de sua trajetória.
Kleber Mendonça Filho, nascido em 22 de novembro de 1968 no Recife, tem 57 anos e é formado em Jornalismo pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Antes de se consolidar como diretor, iniciou sua carreira como crítico e programador de cinema, colaborando com o Jornal do Commercio, Folha de S.Paulo, Revista Continente e Revista Cinética, além de atuar na Fundação Joaquim Nabuco.
A partir dos anos 1990, desenvolveu documentários e curtas-metragens que marcaram sua entrada no circuito audiovisual, entre eles Vinil Verde (2004), Eletrodoméstica (2005), Crítico (2008) e Recife Frio (2009). A projeção nacional e internacional veio com seu primeiro longa de ficção, O Som ao Redor (2012), amplamente elogiado por críticos e festivais.
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Em 2016, Kleber lançou Aquarius, protagonizado por Sônia Braga, obra que integrou a competição principal do Festival de Cannes. O reconhecimento global aumentou em 2019 com Bacurau, codirigido com Juliano Dornelles, vencedor do Prêmio do Júri em Cannes. O longa contou com a presença de diversos artistas paraibanos no elenco e equipe, fortalecendo a relação do cineasta com o audiovisual do estado.
Em 2025, Kleber voltou a Cannes, onde recebeu o prêmio de Melhor Diretor pelo filme O Agente Secreto. A produção, ambientada no Recife de 1977, conta novamente com atores paraibanos como Buda Lira, Cely Farias, Fafá Dantaso, Joalisson Cunha e Suzy Lopes. O longa concorre a uma vaga no Oscar 2026 e segue em exibição em cinemas da Paraíba.
O deputado Chió destacou, na justificativa da lei, que Kleber vem abrindo espaço contínuo para profissionais da Paraíba em suas produções, contribuindo para a visibilidade do estado no cenário audiovisual brasileiro. “Não apenas por sua excelência técnica e sensibilidade artística, mas por valorizar o talento nordestino”, argumentou.
