Vislumbrando novos movimentos na música independente brasileira o cantor e compositor paraibano Tiago Moura se rebatiza como “Titá Moura” e estreia a nova marca com show no Café da Usina, dia 7, às 21h. O artista que há alguns anos vem se destacando na nova geração da música paraibana como front man de bandas como “Caburé Carimbó Clube” e “Pôr do Som”, se prepara pra lançar seu primeiro disco solo – “Cantos pra se dançar de azul”, com previsão de lançamento para o 1° semestre de 2016.
Sobre a mudança do nome, Tiago, ou melhor, Titá, disse que são várias as razões que o levaram a conceber uma nova identidade nominal. “Venho ponderando há meses, matutando como conceber uma outra face de mim que possa me deixar numa distância libertária dos outros projetos que estou intensamente envolvido, os quais têm estéticas muito diferentes do que estou gestando no meu disco solo”.
“É um lance de descobrir um outro eu pra que eu possa ritualística e simbolicamente desenvolver o conceito e a performance, no sentido mais amplo da palavra, que defenderão o que expresso nas canções que estarão no disco. Titá é um apelido de infância, eu era carinhosamente chamado assim por meu avô paterno e algumas tias quando eu ia passar férias em Campina Grande. Quando pensei em mudar foi o primeiro nome que me veio, porque não teria forçação pra eu me sentir representado. É uma identidade que já existia de alguma maneira singela em mim”.
Titá ainda disse que Tiago Moura é o mesmo nome de outros compositores pelo Brasil afora, alguns com sólidas obras já divulgadas nos meios digitais, o que dificultaria a associação dos seus trabalhos à sua figura nas mídias independentes e redes sociais de uma maneira mais ampla e espontânea.
Sobre o show, jocosamente denominado “Prónome”, e que ainda terá as participações de Helinho Medeiros, pianista e sanfoneiro da banda de Chico César, e Nathália Bellar, cantora que vem se firmando como uma das grandes intérpretes da cena atual, Titá garante que 50% do que está por vir em “Cantos pra se dançar de azul” será apresentado ao público.
“São canções delicadas, ora na forma musical, ora no conteúdo literário. Gosto também dos contrastes: uma letra àspera numa música doce, a exemplo de “Deuses me acudam”, parceria com o poeta, também paraibano, Águia Mendes. As outras músicas que comporão o show são canções minhas que não estarão no disco, mas que adoro e que têm sido executadas por outros artistas e bandas da nossa nova cena, como a própria Nathália Bellar, Os Fulanos, Manu Lima e Sensualidade Nagô , Abradozóio e As Calungas.


