Saúde
Maternidade Frei Damião disponibiliza cuidados especiais para bebês prematuros
O bebê considerado prematuro nasce com menos de 37 semanas. Nessa hipótese, alguns órgãos não estão totalmente formados, a exemplo, dos pulmões e cérebro
21/02/2018
O nascimento de um bebê gera uma expectativa de alegria para toda a família, em especial os pais. Porém, nem sempre a gestação sai dentro da normalidade esperada, já que alguns bebês nascem antes do tempo previsto e, por isso, necessitam de cuidados especiais.
O bebê considerado prematuro nasce com menos de 37 semanas. Nessa hipótese, alguns órgãos não estão totalmente formados, a exemplo, dos pulmões e cérebro, o que requer uma assistência e internação hospitalar prolongada, para que o prematuro possa ganhar peso, crescer e mamar de forma adequada.
Na Maternidade Frei Damião, em João Pessoa, que compõe a rede estadual de saúde, uma rede de serviços foi implantada com objetivo de viabilizar uma assistência qualificada aos bebês e pais neste momento delicado. A ideia é colaborar no desenvolvimento e recuperação do prematuro.
A diretora administrativa da unidade de saúde, Morgana Queiroga, ressaltou que “os bebês prematuros em sua rotina hospitalar passam por alguns procedimentos invasivos, aliado a isso, os pais também sofrem com esse cotidiano e realidade. Dentro desse contexto, é uma grande preocupação da maternidade dar todo esse suporte e assistência nesta fase e proporcionar um melhor conforto, inovando com serviços que amenizam esse momento delicado”, defendeu.
Entre os serviços ofertados estão o método canguru, hora do soninho, banho de ofurô, além da shantala e redinha.
De acordo com a enfermeira e coordenadora da Unidade de Terapia Intensiva (UTI Neonatal), Júlia Martins, para ter acesso aos serviços disponibilizados o bebê prematuro precisa estar interno na unidade de saúde, apresentar quadro de saúde estável e condições de receber o método.
“Entre os benefícios da assistência estão a melhoria no estado clínico, o conforto do bebê e maior vínculo entre a mãe, o prematuro e equipe”, destacou.
Os procedimentos são realizados sempre em acordo com as equipes multiprofissionais, compostas por médicos neonatologistas, enfermeiras intensivistas e neonatologistas, técnicos de enfermagem, fonoaudiólogos, nutricionistas, fisioterapeutas, psicólogos, além de outros profissionais presentes 24h por dia na unidade de saúde.
A enfermeira ainda orienta sobre a importância do pré-natal na gestação, pois possibilita a identificação dos problemas que podem levar a um parto prematuro.
Informações sobre cada técnica:
Método canguru – Possibilita a um contato maior, pele a pele entre mãe e bebê, além de oferecer um maior conforto e aumentar a participação dos pais no cuidado.
Banho de ofurô –A técnica consiste em um banho no balde apropriado e com água morna. Após seis horas do nascimento, o bebê pode passar pela técnica com a ajuda de um técnico capacitado e deforma cuidadosa. Proporciona ao bebê a sensação de voltar ao útero materno, melhorando cólicas, respiração e o sono.
Hora do soninho – Terapia com música. Na ocasião, a iluminação é reduzida e disponibilizada som ambiente. Mantém o bebê relaxado e contribui para melhoria no quadro clínico, auxilia nos parâmetros cardíacos e reduz a ansiedade materna.
Redinha – Uma iniciativa simples e de baixo custo. É utilizada para relaxar o bebê. A ideia do uso da rede é reproduzir o aconchego do útero da mãe e posicionar o recém-nascido de uma forma que facilite o seu desenvolvimento neurológico. É sugerida como uma posição segura e confortável. Reduz o nível de estresse e é usada em recém-nascidos que não fazem uso de oxigenioterapia.
Shantala – É uma técnica de massagem ayurvédica que pode ser aplicada em bebês com poucos dias de vida, desde que não tenham contra-indicação. Além de relaxar, diminui as cólicas e proporciona ao recém-nascido um sono tranqüilo, além de aumentar o vínculo entre mãe e cuidadores.
Balanço:
De acordo com pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgada em dezembro de 2016, a taxa de prematuridade no país é de 11,5%, quase duas vezes superior à observada nos países europeus.
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