Política
Maioria nas redes sociais apoia prisão domiciliar de Bolsonaro, aponta levantamento da Quaest
05/08/2025

Da Redação
A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), gerou forte repercussão nas redes sociais e expôs mais uma vez a polarização entre apoiadores e críticos do ex-mandatário. Segundo levantamento divulgado pela consultoria Quaest, 53% das menções nas redes sociais foram favoráveis à medida, enquanto 47% se posicionaram contra.
O levantamento, publicado pelo jornal O Estado de S. Paulo, contabilizou mais de 1,16 milhão de publicações sobre o tema até as 21h da segunda-feira (4), com uma média de 51 mil interações por hora e mais de 401 mil autores únicos.
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Ainda de acordo com a Quaest, as postagens favoráveis à decisão de Moraes obtiveram maior grau de engajamento e dispersão, ou seja, circularam de forma mais espontânea e orgânica, atingindo diferentes grupos nas redes. Isso, segundo a consultoria, revela um maior apoio público à decisão judicial entre usuários de redes sociais.
Motivações da decisão
A medida imposta por Alexandre de Moraes teve como base o descumprimento reiterado de medidas cautelares já impostas ao ex-presidente no âmbito de investigações conduzidas no STF. Desde 18 de julho, Bolsonaro estava proibido de utilizar redes sociais, inclusive por meio de terceiros.
No entanto, no domingo (3), Bolsonaro apareceu em um vídeo publicado no perfil de seu filho, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o que foi interpretado como violação das restrições. A postagem foi removida pouco tempo depois. Dias antes, o ex-presidente também havia discursado pessoalmente a apoiadores na Câmara dos Deputados, em nova infração às cautelares.
A prisão domiciliar de Bolsonaro marca um novo capítulo nas investigações que envolvem o ex-presidente e reforça a tensão institucional entre setores do Judiciário e da oposição. Apesar da divisão de opiniões, a pesquisa da Quaest aponta uma ligeira maioria favorável às ações do STF, evidenciando a relevância que o debate jurídico e político alcançou no ambiente digital.
A análise do comportamento nas redes confirma que o caso seguirá mobilizando atenções e reações nos próximos dias, dentro e fora das instituições.
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