O reencontro entre a estudante Andrielly Silva, 17 anos, e os colegas da Escola Cidadã Integral Virginius da Gama e Melo, em Campina Grande, foi marcado por emoção, gratidão e esperança. Após sete meses afastada das aulas para enfrentar um transplante de coração, a jovem voltou à rotina escolar nesta segunda-feira (11), celebrando uma nova chance de viver.

Diagnosticada com uma grave doença cardíaca e com poucas semanas de expectativa de vida, Andrielly resistiu ao período de espera na fila graças a um gesto de solidariedade: a decisão de uma família de doar os órgãos de um ente querido. A cirurgia foi realizada no Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, em Santa Rita, com atuação direta da Central de Transplantes da Paraíba.

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O vice-governador Lucas Ribeiro participou da recepção organizada pela escola para marcar o retorno da estudante. “Histórias como a de Andrielly renovam a nossa fé e nos mostram a importância da doação de órgãos. A Paraíba tem uma das centrais de transplantes mais eficientes do país, que atua com agilidade, humanidade e respeito. Esse trabalho salva vidas todos os dias”, afirmou.

Para os colegas de turma, o reencontro foi emocionante. A amiga Sabrina Freire disse que a ausência de Andrielly foi sentida por todos. “Sempre elétrica, ela estava em todos os cantos da escola. Quando se afastou, foi como se faltasse um pedaço da gente.” Já Maria Gabriela, outra amiga, recordou o dia da notícia do transplante. “Disseram que ela só tinha mais uma semana de vida. No dia seguinte, às cinco da manhã, veio a ligação: o coração tinha chegado. Foi no dia do meu aniversário, o melhor presente que já recebi.”

O momento mais marcante da volta foi o encontro entre Andrielly e Iradalva, mãe de Maria Clara, a doadora do coração. Entre abraços e lágrimas, as duas trocaram gestos silenciosos que misturavam a dor da perda e a alegria de uma vida preservada.

Central de Transplantes é referência
Ligada à Secretaria de Estado da Saúde, a Central de Transplantes da Paraíba se destaca no cenário nacional pelos resultados obtidos. Só em 2025, já foram realizados mais de 120 transplantes de órgãos e tecidos. Apesar dos avanços, mais de 800 pessoas ainda aguardam na fila de espera no estado.