Cinema

Livro com críticas de Linduarte Noronha será lançado no Festival de Brasília nesta segunda


30/11/2024

Portal WSCOM



O 57º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro receberá nesta segunda-feira (2), às 19h, o lançamento do livro “Luz, Cinefilia… Crítica! – Arqueologia e Memória do Crítico Linduarte Noronha, Jornal A União, Anos 1950-1960”. A obra, organizada pelo professor e documentarista paraibano Lúcio Vilar, reúne 64 textos do cineasta e crítico Linduarte Noronha (1930-2012), publicados no jornal A União durante as décadas de 1950 e 1960.

Linduarte Noronha, reconhecido por dirigir o filme “Aruanda” (1960), considerado um marco do documentário brasileiro, também foi um prolífico crítico de cinema. Seus escritos abordam cineastas como Stanley Kubrick em sua juventude, a nouvelle vague francesa e o neorrealismo italiano, além de demonstrar uma afinidade com movimentos cinematográficos latino-americanos, como o trabalho de Fernando Birri e a influência da revolução cubana no cinema.

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O livro é fruto de um projeto de pesquisa da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), abraçado pela Empresa Paraibana de Comunicação (EPC) e pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba (Iphaep), com publicação pela Editora A União. A obra conta com análises e releituras de críticos e pesquisadores renomados, como Luiz Zanin Oricchio, João Batista de Andrade, Maria do Rosário Caetano, Marília Franco, João Batista de Brito, Fernando Trevas Falcone e Rodrigo Fonseca.

O cineasta Ruy Guerra, uma das lendas vivas do cinema brasileiro, elogiou o projeto após ter acesso antecipado ao conteúdo. “Esse livro não deveria estar apenas nas escolas, mas ser leitura obrigatória da história cultural do Brasil, assim como ser bem discutido, falado, lembrado, porque são essas lacunas que a gente tem na cultura que está muito atrasada em relação ao país. O Linduarte Noronha tem abrangência maior do que a gente sabe dele”, afirmou Ruy Guerra, que foi objeto de uma das críticas de Noronha na década de 1960.

Sobre o organizador

Lúcio Vilar é jornalista, produtor audiovisual, documentarista e professor da UFPB no curso de Mídias Digitais. Mestre e doutor pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP), especializou-se na participação paraibana no cinema silencioso brasileiro dos anos 1920. Entre seus trabalhos como documentarista estão “Pastor de Ondas” (2003), “O Menino e a Bagaceira” (2004) e “Aruandando” (2005). É idealizador e fundador do Fest-Aruanda do Audiovisual Brasileiro, que chega à 19ª edição em 2023.

Atualmente, Lúcio Vilar está em fase de pré-produção de seu primeiro longa-metragem, “O Homem por Trás do Cinema Novo”, com lançamento previsto para dezembro de 2025. O livro sobre Linduarte Noronha deverá seguir em circuito de lançamentos por festivais de cinema e universidades brasileiras em 2025.



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