Esporte
Larry Fitzgerald lamenta que Minneapolis tenha se tornado o epicentro do racismo nos EUA
Natural da cidade, astro do Arizona Cardinals escreve artigo emocionado, lembrando que o local tem um histórico acolhedor e revela surpresa com atos como o que vitimou George Floyd.
07/06/2020
Larry Fitzgerald é a estrela do Arizona Cardinals — Foto: Abbie Parr/Getty Images
Globoesporte.com
“Esta não é a Minneapolis da minha juventude”. Estas são as palavras de Larry Fitzgerald, astro do Arizona Cardinals, equipe da NFL. Em texto em primeira pessoa publicado neste domingo no New York Times, o wide receiver descreveu sua terra natal como um local aprazível e acolhedor, bem diferente do que tem se mostrado nas últimas semanas.
Com 425.403 habitantes, Minneapolis tornou-se o epicentro da luta contra o racismo nos Estados Unidos após a morte de George Floyd. Acusado de usar uma nota falsa, o segurança, que era negro, foi asfixiado por um policial branco durante uma abordagem na rua.
– O que você está vendo no noticiário não é a cidade natal da minha juventude… As ruas que você vê no caos agora são as mesmas que eu andei com minha mãe quando ela me ensinou a ser ativo na comunidade. Passávamos horas no centro e em bairros vizinhos distribuindo materiais educacionais sobre planejamento familiar e estilos de vida saudáveis… Desde que eu sei, Minneapolis tem sido uma cidade de paz, família e satisfação. Mas não agora – disse Fitzgerald.
Aos 36 anos, o wide receiver lamentou muito a morte de Goerge Floyd, afirmando que, não só Minneapolis, mas como toda a sociedade precisam virar a página do racismo.
– Os eventos dos últimos dias viraram Minneapolis e nossa nação de cabeça para baixo. Injustiça, morte, destruição, dor, violência, protestos e motins deixaram claro que nós, como nação, não estamos bem. Nós não somos saudáveis. A morte violenta de George Floyd sob custódia policial é mais um exemplo de um problema sistêmico que ainda precisamos resolver. Um câncer que não estamos conseguindo eliminar – comparou.
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Jogador afirmou que todas as pessoas precisam ser ouvidas na sociedade americana — Foto: Stephen Brashear/Getty Images
Por fim, Larry Fitzgerald pediu mais diálogo entre os americanos, ressaltando que é preciso ouvir o próximo para que todos vivam pacificamente na mesma sociedade.
– Devemos trabalhar juntos para curar essa divisão e reconstruir nossas comunidades, comprometendo-nos a não deixar que nenhuma voz deixe de ser ouvida. Nosso primeiro passo deve ser escutar um ao outro, e, sinceramente, nos inclinar e ouvir o que a pessoa que é diferente de nós está dizendo – concluiu.
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